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sexta-feira, 27 de março de 2009

REDESCOBRINDO A JOIA PERDIDA QUE É A ADORAÇÃO VERDADEIRA



REDESCOBRINDO A JÓIA PERDIDA

Valdeci dos Santos

Em alguns lugares a verdadeira adoração tem sido há muito uma jóia perdida na igreja. Mas essa preciosidade não precisa continuar perdida. Redescobri-la, porém, pode ser mais difícil do que parece. Como nos lembra James M. Boice, "o desastre que tem tomado a igreja em nossos dias, com respeito à adoração, não será curado de um dia para o outro”. Há, porém, certos passos básicos que contribuirão para o sucesso final do nosso esforço neste sentido.
Primeiro, é mister que se entenda o que estamos perdendo com uma adoração distorcida. Segundo as Escrituras, o que perdemos não é uma congregação numerosa, nem uma cerimônia mais elaborada, mas a presença do próprio Deus em nossa adoração (Isaías 1.15). A presença de Deus na adoração é uma das maiores bênçãos do povo cristão (II Crônocas 5.13-14). É neste contexto da presença divina na adoração que o salmista declara: "A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!" (Salmo 84.2). E ainda: "Um dia nos teus átrios vale mais que mil, prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade" (v. 10). É sempre importante lembrar que após a manifestação da graça, esta bênção assumiu dimensões maiores e "pelo novo e vivo caminho" que Jesus nos consagrou, somos exortados a nos aproximar da presença do Senhor com "sincero coração e plena certeza de fé" (Hebreus 10.19-22). Como dizia John Owen, "na primeira entrega da lei, na instituição legal da adoração, as pessoas foram instruídas a guardar certa distância." Sob o pacto da graça, "a adoração é o nosso acesso, o nosso aproximar de Deus sem nenhum véu”. O escritor de Hebreus diz que no ato da adoração chegamos à cidade do Deus vivo (Hebreus 12.22).
Assim, a maior perda envolvida em uma adoração distorcida é a presença do Adorado. Esta perda resulta em outras, segundo as Escrituras. Por exemplo, perdendo a presença de Deus na adoração perdemos, além de outras coisas, a plenitude de alegria (Salmo 16.11), o socorro divino (II Crônicas 20.21-22) e o elemento eficiente no testemunho evangelístico de que Deus está em nosso meio (I Corintios 14.25). Além do mais, quando esta perda ocorre, há o sentimento constante da reprovação divina sobre nossos atos de culto (Isaías 1.11-15). O só meditar nestas coisas deveria levar-nos a um profundo lamento (I Samuel 4.21-22).
Em segundo lugar, a tentativa de redescobrir a jóia perdida implica em uma volta aos princípios teocêntricos da adoração bíblica. Paul Basden nos lembra que "a adoração que é digna de seu nome deve ser Teocêntrica”.Nesta mesma linha de raciocínio, Manson afirma que "no coração da adoração cristã está o próprio Deus”. Este aspecto teocêntrico na adoração pode ser resumido em dois sub-tópicos claramente ensinados nas Escrituras:

1) É a glória divina que requer nossa adoração, e,
2) É a vontade divina que normatiza nossa adoração.

Com relação ao primeiro aspecto, Edmund Clowney corretamente afirma que "nem religião nem adoração podem ser definidas à parte de Deus, pois a adoração é a resposta da criatura à glória revelada do Criador”. Idolatria é deixar de glorificar a Deus e mudar "a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível" (Romanos 1.21 e 23). Logo, a fim de redescobrirmos a verdadeira adoração cristã é imprescindível que tenhamos em mente os meios pelos quais Deus revela sua glória a nós. Neste sentido, as Escrituras primeiramente afirmam que "os céus proclamam a glória de Deus" (Salmo 19.1). Um simples trovão manifesta o seu poder (Salmo 29.3) e desde o princípio do mundo pode-se reconhecer sua divindade, poder e sabedoria por meio das coisas criadas (Atos 14.15-17; 17.24-28 e Romanos 1.20-21). Além do mais, Deus manifesta sua glória através de seus muitos nomes registrados nas Escrituras. Ele é o Altíssimo (Salmo 83.18), o Deus que vê (Gênesis 16.13), um escudo (Salmo 84.11), o Senhor dos Exércitos (I Samuel 4.4), etc. Como diz Clowney, "os nomes de Deus são símbolos para adoração”.
O Senhor também manifesta sua glória através de seus atos salvadores. Em resposta à libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio, a nação adorou ao Senhor (Êxodo 15). E em forma de canto, a história da salvação divina era passada às novas gerações em diferentes ocasiões (Salmo 105). No Novo Testamento, a glória divina é maravilhosamente demonstrada na "grande salvação" que ele nos proporciona em Cristo Jesus (Hebreus 2.3). Mas a glória divina é supremamente manifesta na revelação de sua graça em Jesus (João 1.14-18). Neste contexto da graça revelada, à medida que contemplamos, "como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (II Corintios 3.18). Cada um desses meios de manifestação da glória divina é um convite aberto à verdadeira adoração.
Os princípios teocêntricos da adoração cristã nos ensinam que a vontade divina normatiza a verdadeira adoração. Com este princípio em mente, os puritanos enfatizaram que em adoração, assim como em doutrina, a igreja não pode ultrapassar a verdade de Deus revelada nas Escrituras. É interessante observar que no Antigo Testamento Israel não foi proibido de adquirir métodos agrícolas ou arquitetônicos dos cananeus, mas houve explícita proibição de que copiasse qualquer aspecto da adoração pagã (Deuteronômio 12.30-32). Com base neste fato, Clowney observa que "a igreja tem autoridade para estabelecer a ordem da adoração (I Corintios 14.40), mas não tem a liberdade de introduzir novos elementos além dos que Deus tem ordenado”. Neste sentido Boice sugere que adorá-lo em "Espírito e em verdade" está relacionado com: 1) um profundo exercício de sinceridade, 2) uma aproximação baseada na revelação bíblica, e 3) uma aproximação cristocêntrica. Em outras palavras, temos que sempre lembrar que Deus nos convida à adoração nos seus termos, não nos nossos.
Outro meio que temos para redescobrir a verdadeira adoração é olhar para os santos do passado. A urgência desta atividade encontra-se em acusações como a de Robert Webber de que a adoração cristã "curvou-se à cultura ao invés de ter-se mantido fiel às tradições bíblica e histórica”. Como nossa intenção neste artigo não é cobrir variados períodos da história da igreja, nos deteremos no puritanismo inglês do século XVII desde que há um consenso geral de que o mesmo deu "forte ênfase na pureza da adoração bíblica e política eclesiástica”. Leland Ryken nos lembra que o "nome puritano refere se primeiramente ao desejo de purificar a Igreja da Inglaterra dos vestígios católicos na adoração e na forma de governo da igreja”. De acordo com J. I. Packer, os puritanos apresentavam-se para a adoração pública como que apresentando-se ao próprio Deus. É certo que eles tiveram algumas divergências internas neste tópico, mas mesmo tais divergências não os fizeram perder de vista o essencial na adoração.
Desde que a adoração no Puritanismo era vista como uma aproximação a Deus, toda a liturgia era formulada visando edificação (I Corintios 14.26). Como resultado, o culto puritano era caracterizado por dois princípios: simplicidade e biblicidade. Referindo-se à simplicidade no culto puritano, diz Ryken: "O culto puritano como um todo era marcado pelo esforço em despojar-se do supérfluo e concentrar-se no essencial, o que evidenciava o ideal de edificação”. Naquele contexto, a exposição bíblica era a mais solene e exaltada atividade, sendo também o teste supremo do ministro. Assim, a simplicidade era para eles uma proteção contra as vaidades da alma, e as Escrituras, uma proteção contra as distorções fantasiosas. Com respeito à ordem do culto, Alan Clifford afirma que no culto puritano a pregação, o conteúdo das orações, o cântico dos Salmos e a guarda do domingo constituíam elementos de distinção especial na época. Além do mais, porque na adoração o cristão não apenas busca a Deus, mas também o encontra, a adoração era vista pelos puritanos como um meio de graça, onde o faminto é alimentado. John Owen evidencia este ponto ao dizer que na adoração, Cristo "toma os adoradores pelas mãos e os conduz à presença de Deus; e apresentando-os lá ele diz: ‘Eis-me aqui, e os filhos que Deus me deu”. Tal abordagem da adoração cristã sempre deveria nos motivar e instruir.
Finalmente, uma redescoberta da verdadeira adoração inclui a aplicação do amor cristão para solucionar divergências secundárias. O refomador Calvino entendeu que nesta matéria, como em vários outros assuntos importantes para a igreja cristã, há aspectos primários e aspectos secundários. Quanto aos aspectos primários da adoração, ou seja, aqueles que dizem respeito à retidão do cristão, à majestade de Deus, e qualquer outro assunto necessário à salvação, "somente o Mestre deve ser ouvido”. Em aspectos secundários, ou seja, assuntos que não são necessários à salvação e costumes de diferentes povos e gerações, não deveria haver imposição de mudanças, por causas insuficientes. Assim ele conclui dizendo que o "amor julgará melhor entre o que danifica e o que edifica; e se deixarmos o amor ser o nosso guia, tudo estará salvo”. Outro exemplo deste mesmo princípio vem de John Owen em seu tratado sobre divisões entre cristãos. Naquela obra Owen confessa: "Eu preferiria gastar todo o meu tempo e meus dias curando as feridas e divisões entre os cristãos do que gastar uma hora procurando justificá-las". Tais ilustrações de sabedoria são não apenas bem-vindas, mas urgentemente necessárias em nossa discussão sobre adoração.

Conclusão

Nesta nossa reflexão sobre adoração e culto cristão temos procurado mostrar que o assunto é essencialmente espiritual e digno de nossa atenção especial. Por sua natureza espiritual, a verdadeira adoração só é possível quando impulsionada pela obra do Espírito Santo dentro de nós (João 4.23-24). Além do mais, os passos a serem tomados para uma redescoberta da verdadeira adoração são exercícios altamente espirituais e contradizem profundamente nossa natureza e impulsos carnais. Mas a verdadeira adoração sempre exaltará Cristo (Apocalipse 5.12), transformará o adorador (II Corintios 3.18-19), convencerá o incrédulo da presença do adorado entre os adoradores (I Corintios 14.24-25) e invocará o "amém" de cada um dos servos de Deus. Ainda, a verdadeira adoração nos capacita para o testemunho e o serviço diário na seara do Mestre. Como diz Armstrong: "Não estamos no negócio de construir mosteiros evangélicos, mas congregações que servirão o verdadeiro Deus como resultado direto da adoração”.
Finalmente, temos que admitir que, de acordo com as Escrituras e a história cristã, adorar a Deus corretamente exige tempo e humildade. Preparação é essencial. Examinar nossas intenções e avaliar nossas ações devem ser exercícios constantes em nossa vida de adoradores (Salmos 66.18 e 131). Além do mais, nosso coração deve ser continuamente guardado contra o egocentrismo a fim de que possamos dizer: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória" (Salmo 115.1). É somente adorando o Senhor de modo verdadeiro que seremos encontrados por ele e, como disse Richard Baxter: "Se é a Deus que você está buscando em sua adoração, você não ficará satisfeito sem Deus".


FONTE: http://www.thirdmill.org/files/portuguese/20851~9_19_01_10-25-36_AM~refletindo_sobre_a_adoracao.htm

sexta-feira, 20 de março de 2009

WALL-E – Um robô com princípios bíblicos?

Por
Solano Portela

WALL-E (wáli) é o nome do novo filme da PIXAR – aquela empresa que o Steve Jobs comprou e reformulou, enquanto estava de “férias” da Apple, e que lhe gerou mais alguns milhões ao ser absorvida pelos Estúdios Disney (comprada por 10 milhões de dólares, à Lucas Films, foi vendida por 7,4 bilhões, e ele permaneceu como acionista principal!). WALL-E, lançado em 2008, já está fazendo grande sucesso, como fizeram as animações anteriores, que criaram escola, tais como Toy Story (1995, 1999), A Bug’s Life (Vida de Inseto) (1998), Os Incríveis (2004) e várias outras. Andrew Stanton, o diretor-escritor deste filme, declara-se um cristão.O nome, não somente do filme, mas do ator principal – o robozinho, é na realidade: WALL•E, a sigla para Waste Allocation Load Lifter Earth-Class (que seria traduzível, aproximadamente, para: Organizador e Empilhador de Lixo – Classe Terra). Num futuro remoto, há 900 anos, a terra foi destruída pelo consumismo e lixo produzido pelos humanos. As pessoas navegam, no espaço, em uma gigantesca espaçonave. No planeta ficaram robôs projetados para compactar e empilhar o lixo, mas, aparentemente, eles vão parando até que resta apenas WALL-E, que trabalha ávida e criativamente na tarefa. Sua intensa rotina de trabalho é alegrada por quinquilharias coletadas e levadas para o seu lar – um container de aço, onde uma velha tela aumentada de um I-Pod, toca diariamente trechos do musical “Hello, Dolly!”, um antigo musical de 1969. Sua solidão é quebrada com a chegada, do espaço, de um robô ultra-moderno, EVE (Eva), com uma missão ultra-secreta.Fora a competência técnica da quase-perfeita animação, WALL-E, aparentemente, seria apenas mais um filme sobre a rebatida questão ecológica, onde os humanos destroem o seu habitat proporcionando uma mensagem politicamente correta para crianças e adultos. E quem poderia ser contra uma mensagem ecológica?Os cristãos deveriam ser os primeiros a cuidar bem da Terra – afinal temos a convicção do que “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24.1). O Universo, e mais especificamente o nosso planeta devem receber nossos cuidados. Deus nos delegou (Gn 1.28) o domínio sobre a criação. Sujeitar e dominar a terra não significa exauri-la ou explorá-la completamente, mas penetrando nas ciências e áreas de conhecimento, utilizar o chão, flora e fauna, com propriedade, para o benefício da raça humana. A Terra é, portanto o lar que Deus nos preparou. Somos mordomos de uma criação harmônica que glorifica a Deus (Sl 19). O Povo de Deus é instruído a cuidar da Terra – pois ela nem é dele nem é autônoma – e os princípios agrônomos de descanso à terra (rotatividade das colheitas) está entrelaçado à Lei Cerimonial e Judicial do antigo Testamento.Confesso, entretanto, que não tenho muito entusiasmo com discursos ecológicos. Talvez isso ocorra porque a maioria de tais palestras, artigos ou livros procuram pintar, injustamente, os cristãos, e seus valores, como predadores do planeta. Enquanto isso os orientais e sua religiosidade são colocados como modelos de preservação ambiental; os índios são utopicamente retratados como aqueles que vivem em paz com a natureza; e por aí vai. Essas alegações não subsistem o mínimo escrutínio ou verificação “in loco”, como prova a poluição intensa da China. Violência ambiental ocorre por puro desprezo a diretrizes divinas; por profundo egoísmo – condenado na Bíblia; por religiosidade inconseqüente e louca – como a encontrada na Índia, com seu defunto e mal-cheiroso, mas religiosamente sagrado, Rio Ganges.É possível que minha rejeição tenha sido provocada por over-dose de projetos pedagógicos ambientais; anos ecológicos da UNESCO; pronunciamentos em encontros de professores de Autoridades Ecológicas; e tantas outras atividades educacionais às quais tive de presenciar e comparecer, enquanto estive mais proximamente ligado à área de Educação Básica. Essas questões dominam com tal intensidade o conteúdo das escolas, que as nossas crianças já recebem pré-definida a sua prioridade de vida: salvar o planeta – acima de suas obrigações para com Deus, pais, nação, o próximo e até para consigo mesmas.Ou talvez a ojeriza provenha de uma recusa de aceitar as pílulas ecológicas prontas a serem deglutidas, preparadas pela mídia e pela agenda do Governo; por ministras mártires, ou por bombásticos sucessores de coletes – que não são salva-vidas. Enfim, perante esses estereótipos, os assuntos debatidos ad-nauseam, e a multidão de eco-chatos, tornei-me um deles, no sentido inverso. Falou de ecologia – já estou vacinado, desconfiado e com um pé atrás – tenho mais a fazer (para a preservação do planeta e das baleias, também) ...Era necessário surgir WALL-E para me motivar a sentar durante duas horas por sua saga ambiental e sair da experiência não somente satisfeito e entretido, com as paradoxais expressões e sentimentos demonstrados pelo maltratado robô, mas ponderando sobre as questões e valores levantados pelo filme. Ele é uma forte crítica social ao estágio de letargia, descaso e hedonismo que caracteriza os humanos, não somente os do filme (que aparecerão mais tarde), mas também os de nossa geração.A primeira coisa que me chama a atenção é o empenho colocado por WALL-E no trabalho, no desempenho de sua missão. É lógico que foi programado para isso, mas no transcorrer do filme o contraste com a preguiça e descuido das pessoas ficará bem evidente. WALL-E tem foco, tem responsabilidade, desempenha o que lhe foi confiado e, os acontecimentos terminam motivando as pessoas a reexaminarem as suas vidas, posturas e prioridades. Apesar de sua seriedade no trabalho, WALL-E não é só isso – ele procura as coisas bonitas ou que entretêm e consegue ser despertado para o lado artístico, criativo e sentimental, que igualmente foram descartados pela humanidade.WALL-E não está exatamente solitário na Terra. Uma simpática baratinha (as mulheres acharão que isso é uma contradição de termos...) o acompanha em todos os seus passos (ou, já que esse robô não tem pernas, nas voltas de sua esteira). Nessa Terra pós-catástrofe o filme dá guarida à tese, já bastante repetida, que, no advento de um holocausto global “as baratas herdarão a terra” (aparentemente há um tênue respaldo científico para essa suposta resistência das baratas, existindo registros de que elas sobreviveram o bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki; testes posteriores revelaram que elas suportam 10 vezes mais radiação do que o ser humano – apesar de continuarem impotentes perante o solado de sapato de minha esposa).Mas a sua solidão é, realmente, quebrada, quando EVE, uma robô de última geração, coletora de alguma coisa, é deixada na terra. Segue-se uma singela história de aproximação e de amor entre WALL-E e EVE. Sem qualquer palavra ou diálogo durante quase metade do filme, podemos testemunhar não somente a timidez de WALL-E, mas pudor, recato – valores que estão muito ausentes de nossas crianças e de nossas famílias. A estranha história de amor dos dois, muito ensina sobre altruísmo, proteção da amada, compartilhamento de belezas e interesses – todos valores cristãos bem registrados por Paulo em 1 Co 13.Sem diálogos e apenas com a expressão dos olhares, vamos sendo envolvidos na história do robozinho feioso, que “pega”, após recarregar as baterias, com som harmônico do computador MacIntosh, e da robozinha, com aparência de I-Pod, até o contato cheio de aventuras com a nave de humanos que já órbita a Terra há muitos anos, esperando tempos melhores para retornar ao planeta.O contato não somente dos robôs, mas do espectador, com os humanos revelará uma humanidade totalmente destruída em seu élan. A crítica social é clara e pertinente: o consumismo não somente dominou a todos, mas uniformizou a humanidade em uma massa amorfa, com todos acima do peso; quase sem movimentação própria; ligados 100% na televisão. Nessa sociedade fechada da “arca”, os humanos são tão introvertidos e preocupados em ser servidos, que o contato social com os semelhantes foi praticamente obliterado. Não falta conforto, mas ao mesmo tempo, a essência do viver bem foi reduzida a quase nada. A perspectiva de uma volta ao planeta, para retrabalhá-lo, recolonizá-lo, se os desafios para chegarem a esse ponto forem vencidos, significará muito trabalho e um novo estilo de vida a ser adotado. Estarão dispostos a isso? Assista ao filme e não se surpreenda se os humanos do filme se pareçam com você, grudado à poltrona do cinema ou de sua casa!No final, WALL-E deixa um balanço positivo, além da admirável técnica de vanguarda em entreter, mesmo que siga a trilha Holywoodiana de tratar as questões ignorando a existência de Deus. O filme fornece campo para muitas discussões proveitosas (e não apenas na área de ecologia). Valores bíblicos relacionados com a filosofia do trabalho; com o valor da família; com amor e desvelo – estão presentes em várias ocasiões. “Há esperança, no meio do caos,” é a mensagem – e temos oportunidade de mostrar e reafirmar qual é a verdadeira esperança da humanidade e em quem confiam os cristãos. A busca do WALL-E por companhia, pode nos levar a discussão sobre o perigo e a dor da solidão.WALL-E celebra as virtudes de moderação e auto-controle no mercantilismo exacerbado de nossos dias – demonstrando as conseqüências da ausência de limites e o perigo de sermos consumidos pelo consumo. Preste atenção, igualmente, ao término do filme, na animação que acompanha os “créditos”, onde temos um tributo às artes, ao trabalho e ao cultivo. WALL-E é, portanto, mais do que uma parábola ecológica, é uma crônica de resgate de valores que não podem ser esquecidos por nossa sociedade, sob pena de pagarmos pesados pedágios. É um lembrete sobre os perigos do individualismo e do egoísmo.




quarta-feira, 18 de março de 2009

O SEGREDO DO BEM VIVER

I PEDRO 3.10-12
No século presente, percebemos um grande esforço da humanidade para ter uma vida mais instável e livre de preocupações. Pessoas que visando o seu bem estar, muitas vezes passam até por cima do seu próximo, e ainda dizem: “O mundo é dos mais espertos”; pessoas que estão preocupadas, com o seu aspecto material e físico, por exemplo: gasta-se uma fortuna em estética e beleza, em esportes e lazer. Não estamos aqui querendo condenar o bem estar das pessoas, o que nos preocupa é o bem estar espiritual, que não mais é evidenciado até mesmo na vida de pessoas crentes no Senhor Jesus. Crentes vazios que em suas vidas não demonstram o novo nascimento, onde o que é evidenciado o velho homem. A insubmissão também estar evidente na vida, tanto de pessoas que não conhecem ao Senhor Jesus, como daqueles que conhecem e servem ao Senhor, pessoas que não ouvem seus pais, seus professores, seus pastores e o que nos chama a atenção é quando o pastor muitas vezes usando do zelo pastoral para com determinada ovelha para aconselhar, o que muitas vezes ele escuta é o seguinte argumento: “Eu não preciso de pastor, para me dizer o que é certo ou o que é errado, eu sei cuidar da minha vida!” É triste ver todas estas coisas acontecendo no mundo e o pior ainda é que tais práticas tem entrado na igreja de Deus. Viver bem, isto é, em harmonia com o próximo, amando-o, respeitando deve ser o ideal de cada homem, porém ninguém estar mais capacitado para viver essa vida ideal do que o crente. Temos que colocar em nossas mentes que fomos chamados para glorificar a Deus e viver bem com o nosso próximo, isto por que além de ser ajudado pela graça de Deus, somos também orientados pelos ensinos da Bíblia e é nestes ensinos que vamos encontrar o segredo do bem viver. Queremos considerar neste artigo, em que consiste esse segredo, encontrado nos ensinos bíblicos.

I – EM TRAZER A LINGUA SEMPRE REFREADA.


Nos versículos 8 e 9, o escritor lembra que os filhos de Deus devem ser de “igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injuria por injuria”; o segredo do crente para viver bem seria obedecer esta regra, mas o que vemos em nossos dias é: “Se pisar no meu pé, eu devolvo com a mesma moeda, eu não gosto e nenhum vou com a cara de fulano, por isso eu vou armar contra ele, o povo fala de mim é claro que eu vou falar do povo”, são estes e outros exemplos que poderíamos dar, mas julgamos inconveniente para o momento, mas para que os irmãos tenham uma idéia do problema. “pagar mal por mal” é “olho por olho dente por dente”, é com este quadro de problemas do dia a dia que o escritor começa a partir do versículo oito, a explana sobre a vida exemplar que o crente deve ter. para começarmos a nos policiar, sobre o nosso comportamento e o segredo para vivermos bem com Deus e com o nosso próximo, devemos refrear a nossa língua. Veja o que nos é dito no versículo 10: “Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal”, Pedro esta querendo dizer que “quem quer, ou desejar ter uma vida de virtude cristã, e viver dias de felicidades, deve pausar, impedir cessar a sua língua (paussh = pausê). “Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”, Pv 18.20, 21. O que a nossa língua anda plantando? Coisas que edificam o ou destroem a nossa comunhão com o nosso Deus e com o nosso próximo? Devemos notar que o poder da língua, tanto mata, como traz vida. Como estamos utilizando a nossa língua? O ato de falar pode trazer o bem ou o dano. Nos diz o comentário da Bíblia de Genebra: “A pessoa que gosta de falar deve observar que caminho seus feitos tomam”. Nossos caminhos serão determinados, pelo que falamos ou deixamos de falar, mais em todo o caso ainda é aconselhável calar mais e ouvir mais. Quantas pessoas magoamos, pelo fato de termos, na linguagem popular, “o pavio curto”, quantos deixamos de ganhar, por que não conseguimos controlar a nossa língua. Confiram em vossas Bíblias Tg 3.1-6, que nos é dito:

“Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. Porque todos tropeçam em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear todo o corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigido para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a lingual é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”.

Muita desgraça poderia ter sido evitada no mundo se estivesse sido colocado um freio, na língua, muita coisa em nosso dia a dia poderia ter sido evitada, se aprendêssemos a controlar este órgão que é tão pequeno, mais aterrador, a falta de comunhão na igreja deixaria de existir, se parássemos de usar a nossa língua para tentar destruir o nosso irmão. É o que Pedro quer dizer com: “refreie a língua do mal”, ou seja, ponha um freio em sua língua, para que vivas bem, com Deus e com o próximo. Uma outra verdade que devemos aprender sobre o refrear a língua, é que se refrearmos a nossa língua, estaremos evidenciando o sinal de sabedoria, espiritualidade e crescimento na graça, vejamos Pv 15.2, 28: “ 2A língua dos lábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama estultícia (imbecilidade, idiotice, etc.), 28 O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos perversos transborda maldades”. Temos que ter sabedoria, no nosso falar, palavras não voltam no tempo, e se voltassem, quantas coisas evitaríamos falar para ou do nosso próximo, causando-lhe destruição e tristeza. Devemos, usar nossas palavras com sabedoria, devemos muitas vezes nos calar em determinada situação e pedir sabedoria a Deus, se devemos ou não responder, é o que nos diz em Eclesiastes 3.7: “Tempo de estar calado e tempo de falar”. Que possamos orar a Deus para que ele nos dê sabedoria para usar a nossa língua nos momentos oportunos e com sabedoria para não ferir-mos ninguém com as nossas palavras.


II – EM REPUDIAR A MENTIRA. “E os seus lábios não falem engano”


Depois de exortar a igreja a refrear a língua, Pedro fala também que os nossos lábios não falem engano, ou seja, a mentira deve ser posta de lado, esquecida somente a verdade deve estar em nossos lábios, veja o que nos é dito em Ef. 4.25: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”. Encontramos neste texto seis maneiras concretas de como os crentes despojam a velha vida e se reveste da vida de Cristo e a primeira que o apostolo Paulo menciona é “Deixar a mentira”, pois os filhos de Deus não devem mentir, mas detentores da verdade. Em Pv 14.5, nos é dito: “A testemunha verdadeira não mente, mas a falsa se desboca em mentiras”. Como podemos ser verdadeiras testemunhas do evangelho se praticamos a mentira, como acreditarão no que pregamos? É comum também ouvirmos em nossos dias, a seguinte expressão: “É só uma mentirinha, não tem problema”, isso é comum ao mundo que desconhece as verdades bíblicas, mas é triste ouvir tais expressões, na boca de crentes. Quem é o pai da mentira? O diabo! E aqueles que praticam a mentira, são seus filhos. Leia-mos Jo 8.44: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o principio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. Entre todos os pecados que poderiam ser mencionados como características de Satanás, o homicídio e a mentira são destacadas. “Ele foi homicida desde o principio e jamais se firmou na verdade”, Satanás nunca se firmou na verdade, pois sua boca sempre foi objeto de mentiras, para enganar os homens e induzi-los ao erro.
Porque devemos repudiar a mentira? a) Porque a mentira é do diabo e o que mente é seu filho (Jo 8.44); b) O justo aborrece a mentira (Pv 12.19; 13.5), 12.19 “O lábio veraz permanece para sempre, mas a língua mentirosa, apenas um momento”, 13.5 “O justo aborrece a palavra de mentira, mas o perverso faz vergonha e se desonra”. C) Porque o mentiroso não entra no reino do céu, veja em Ap 21.8: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. Que sejamos praticantes da verdade, deixando de lado a mentira e nos voltando mais e mais para o Senhor, pois a nossa herança, foi Deus que nos deu, que é o céu. Que possamos evidenciar essa característica de verdadeiros servos de Deus.


III – EM SER INIMIGO DO MAL E AMIGO DO BEM.

Na primeira parte do versículo 11 de I Pedro, nos é dito: “Aparte-se do mal, pratique o que é bom”. Sabemos que o caminho do mal é o caminho do ímpio. O homem natural busca fazer o contrário à vontade de Deus, nós os servos do Senhor devemos andar no caminho do bem, é o que o texto nos aconselha: “Aparte-se do mal, pratique o que é bom”; estamos seguindo o caminho do bem e praticando o que é bom? Deus conhece os nossos caminhos, ele sabe o que fazemos ou o que deixamos de fazer, ele conhece o que estamos pensando neste momento. Para andarmos no caminho do bem, é preciso fazer a vontade do nosso Deus, e a vontade do nosso Deus é que o amemos de todo o nosso coração e também ao nosso próximo como a nós mesmo. Como falamos antes, Deus conhece os nossos caminhos, vejamos Sl 1.6: “Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”. Em Pv 4.19, também nos é dito: “O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam”. O caminho do mal pertence aos perversos, nós devemos estar distantes de tal caminho, devemos andar no caminho do bem, pois esse é o caminho dos servos do Senhor. “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminho de morte”, Pv 14.12. O mundo tem apresentado uma mascara que tem enganado a muitos. A maldade e a malicia tem levado a muitos a não confiarem mais em ninguém, até dentro da igreja tem acontecido isto. O mundanismo tem adentrado na igreja, os caminhos de maldades têm que ser deixados de lado, pois é isso que o texto de I Pedro 3. 11 nos diz. Somos intimados a deixar o mal e seguir o bem, começando pelo refrear da língua. Uma coisa que é difícil ser feito, é pagar o mal com o bem. A tendência é: “Se alguém pisar no meu pé, eu revidarei” e muitas vezes pecam contra o Senhor, usando a sua palavra para sustentar a sua maldade, quando diz: “esta escrito: Olho por olho, dente por dente”. Vejamos o que nos é dito em Rm 12.17, 20: “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mais daí lugar á ira; por que está escrito: A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. É o que é exortado pela palavra de Deus, para que nós observemos esta regra, para vivermos bem, e em harmonia um com os outros deixando a maldade e praticando o bem. Praticar o bem e detestar o mal é uma elevada expressão do caráter cristão. O nosso semblante demonstrará esta mudança; demonstrará que realmente somos novas criaturas, “Porque assim é a vontade de Deus, que pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos” I Pe 2.15, nossas ações serão evidenciadas e pesadas na balança do Deus Vivo, não devemos usar da nossa liberdade cristã, como pretexto para impiedade, mas vivendo como verdadeiros servos de Deus: “Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malicia, mas vivendo como servos de Deus. Essa deve ser a nossa postura de cristãos, honrar ao Senhor nosso Deus, nos distanciando do mal e praticando o bem.


IV – EM SER AMIGO DA PAZ

Por fim, ao avaliar-mos toda a nossa vida e testemunho cristão, como segurar-mos a nossa língua, para não falar-mos, coisas que não edificam, mas destroem, repudiarmos a mentira, pois para Deus não existe mentirinha, ou mentira grande, ambas tem o mesmo peso e nos distanciarmos do mal, pois o caminho do mal pertence aos ímpios, que terão a sua recompensa no ultimo dia. Avaliemos também que ao deixarmos todas as práticas citadas anteriormente, devemos buscar a paz, ser amigos da paz. Esta paz que devemos buscar esta ligada ao que dissemos antes, ao invés de fazermos o contrário à palavra do Senhor, devemos ser santos. A nossa guerra não é entre nós, mas com o inimigo das nossas almas e não contra o nosso próximo. É nosso dever viver em paz com todos, “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, Rm 12.18. a paz deve partir de nós, não brigam dois, quando um não quer, “se depender de vós”, buscar a paz com todos, por que o pacificador é filho de Deus e bem aventurado, por que Cristo é o príncipe da paz e nós os seus discípulos.

CONCLUSÃO:

Diante do que foi exposto, é nosso dever como cristãos, colocarmos em prática estas normas, para vivermos bem, dizemos isto por dois motivos:

a) Porque assim estamos agradando ao Senhor e glorificando o seu Santo Nome.
b) Porque ficaremos felizes, ou em paz com o nosso Deus e com o nosso próximo.

terça-feira, 17 de março de 2009

SER PRESBITERIANO

A Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil em 12 de Agosto de 1859, sendo, portanto, a primeira denominação evangélica a se instalar oficialmente como missão em terras brasileiras. Mas a origem do presbiterianismo é bem anterior. Na verdade é uma das correntes da própria Reforma do Século 16. João Calvino (1509-1564), o Reformador de Genebra, pode ser considerado o pai do Presbiterianismo, embora esse nome só tenha sido dado pelo trabalho de John Knox (1514-1572) na Escócia. Na Europa a Igreja Presbiteriana (também chamada de Reformada) se estabeleceu firmemente em países como Suíça, Holanda, Escócia, Inglaterra, Irlanda, e também França, Hungria e Alemanha. Da Europa o Presbiterianismo migrou para os Estados Unidos com os peregrinos puritanos onde se estabeleceu como uma das principais denominações daquele país. Dos Estados Unidos, o missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867) foi enviado ao Brasil em 1859 para iniciar a missão.
Ser presbiteriano significa ter um grande respeito pelas Escrituras(Sola Scriptura). Significa crer em Jesus Cristo como único Salvador (Solus Cristus) e pautar a vida sob a insigne da soberania de Deus, vivendo para a Sua glória (Soli Deo Glorie). A vida como um todo, em seu aspecto espiritual, social e cultural precisa estar sob a vontade de Deus. Ser presbiteriano significa viver plenamente os dons divinos desfrutando do privilégio e da responsabilidade de ser um escolhido e um representante da misericórdia de Deus nesse mundo.

SOU FUNDAMENTALISTA BIBLICO

Dave Hunt, o autor deste artigo, nasceu em 1926 e desfrutou das vantagens de uma educação piedosa e da freqüência regular a uma comunidade cristã conhecida como "Irmãos de Plymouth" (no Brasil, são as "Casas de Oração" do "Movimento dos Irmãos"). Decidiu-se por Cristo antes de ingressar no Ensino Médio.Serviu na Marinha Mercante e no Exército, concluiu a Faculdade de Matemática, casou-se com sua esposa Ruth, nasceram-lhe quatro filhos e fez carreira como Consultor em Administração de Empresas e, mais tarde, administrando várias empresas. Ao mesmo tempo, Hunt conciliou a vida secular com o início e o desenvolvimento de um grande Ministério entre universitários e estudantes estrangeiros.A partir de 1973, Hunt passou a dedicar-se integralmente à Obra do Senhor. Morando um ano na Europa, Hunt percebeu o perigo, através de um ex-guru hindu convertido, do Hinduísmo, das filosofias orientais e da Nova Era. Viajando à Índia, escreveu God of the Untouchables ("Deus dos Intocáveis"), onde aprofundou sua compreensão sobre o assunto. Vários livros refletiram sua preocupação missionária: Cult Explosion ("Explosão das Seitas"), Death of a Guru ("Morte de um Guru), The God Makers ("Os Criadores de Deus") e America, the Sorcerer's New Apprentice ("América, a Nova Aprendiz de Feiticeiro).Paralelamente, Hunt percebeu a impressionante e sorrateira penetração dessas filosofias nas Igrejas Evangélicas. The Seduction of Christianity ("A Sedução do Cristianismo"), publicado em inglês em 1985, focalizou a atenção do mundo cristão sobre os ensinamentos perigosos e heréticos que comprometem a verdade da Palavra de Deus. A seguir, ele publicou Beyond Seduction ("Escapando da Sedução").A atual preocupação de Hunt implica no novo ecumenismo cada vez mais crescente entre católicos e protestantes, que está refletido em Whatever Happened to Heaven? ("O que Aconteceu com o Céu?") e Global Peace and the Rise of Antichrist ("Paz Global e Ascensão do Anticristo"). Outro assunto freqüente deste Estudioso Fundamentalista Bíblico em suas palestras e publicações é o desmascaramento de heresias psicológicas abraçadas por muitos evangélicos. Ele publica um boletim mensal, The Berean Call ("A Chamada Bereana").Sou um Fundamentalista BíblicoVocê é um Fundamentalista!" A acusação me foi dirigida quando ainda era um calouro da universidade, recém-saído do serviço militar, em 1947. Da maneira como ela foi feita, com tamanho desprezo, nenhuma explicação foi necessária para compreender que ser rotulado de "Fundamentalista" era um dos mais terríveis insultos no orgulhoso mundo acadêmico. Respondi algo como:Se ser Fundamentalista significa aderir aos sólidos fundamentos da matemática, da contabilidade, da química ou de qualquer outra ciência, então aceito alegremente o título. E já que a Bíblia é literalmente a Palavra de Deus e é inerrante (sem erros), a única escolha inteligente é aceitá-la e permanecer fiel aos seus Fundamentos.Essa resposta apenas aumentou a frustração e a ira dos que debatiam acaloradamente comigo já por duas horas.A ocasião foi o primeiro encontro da "Hora dos Críticos", uma novidade que havia sido criada recentemente por alunos e professores da universidade para ridicularizar e desacreditar a Bíblia. Entre os espectadores havia um bom número de crentes que eu conhecia do grupo cristão do campus, mas nenhum deles disse uma palavra sequer. Fiquei sozinho naquele auditório, sendo alvejado com argumentos de todos os lados, todos favoráveis à evolução e ao ateísmo. Sendo um ingênuo jovem de 21 anos, fiquei chocado com a animosidade tão abertamente demonstrada contra a Bíblia e contra o Deus da Bíblia.Naquele ponto da minha vida, mal ouvira falar de Harry Emerson Fosdick, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Nova Iorque, uma pessoa-chave no Liberalismo/Modernismo Teológico americano. Tampouco fazia idéia da crescente rejeição da infalibilidade da Bíblia entre muitas pessoas que se chamavam cristãos. O nome de J. Gresham Machen era-me completamente desconhecido. Portanto, nada sabia acerca da batalha perdida que ele sustentara no Seminário de Princeton, na década de 1920, contra as heresias que levaram aquela escola a tornar-se completamente liberal e que alcançaram a maioria das igrejas presbiterianas.Cristianismo Com "Roupagem" ModernaOs servos mais eficientes de Satanás são mestres em ambigüidades. Fosdick reivindicava honrar a doutrina, mas ao mesmo tempo advertia sobre o "perigo de dar ênfase demais à doutrina..." Ele afirmou que "nada realmente importa na religião, a não ser aquelas coisas que fomentam o bem individual e público... e o progresso social."[1] Fosdick foi reconhecido naquele tempo pela maioria dos cristãos verdadeiros como o incrédulo que realmente era. Mas, Norman Vincent Peale, não menos herege que Fosdick, conseguiu achar aceitação virtualmente em toda parte, bem como seu famoso discípulo Robert Schuller.O modernista toma as últimas idéias do mundo secular e enganosamente as veste com linguagem cristã. Ninguém tem feito isso com maior perfeição do que os atuais psicólogos cristãos, que de algum modo tomam teorias anticristãs de inimigos declarados do Evangelho e as "integram" à teologia. Peale foi o primeiro a fazer isso. Em 1937, ele fundou uma clínica "cristã" de psiquiatria em sua igreja. A clínica tornou-se modelo para numerosas outras semelhantes, as quais têm gerado fortunas para seus fundadores.Machen foi exato ao demonstrar que a intimidação pela ciência e o desejo de obter aceitação e respeito na comunidade acadêmica têm resultado em comprometimentos, que na prática descaracterizam o Evangelho. Essa ânsia tem influenciado cada vez mais os seminários e faculdades cristãs. Machen acusou os liberais de "tentar remover do cristianismo todas as coisas que não possam ser aceitas pela ciência."[2]Muitos dos evangélicos de hoje em dia parecem pensar que os cientistas sabem mais sobre o Universo do que o próprio Criador. Será que a Bíblia é frágil devido à ignorância de Deus? O resultado é um comprometimento fatal para a verdadeira fé. Temos observado isso na aceitação da evolução teísta por parte da revista "Christianity Today" (Cristianismo Hoje), dos "Promise Keepers" (Guardadores de Promessas) e de muitos seminários e universidades cristãs, mesmo que ela contradiga plenamente a Bíblia e subverta o Evangelho. O mesmo comprometimento ocorre quando se questiona a narrativa bíblica do dilúvio.Billy Graham, que há décadas abandonou sua posição fundamentalista, recentemente disse não estar certo se o dilúvio de Noé foi realmente de âmbito mundial. O New Bible Commentary da InterVarsity também afirma: "A narrativa (bíblica) não relata diretamente um dilúvio universal..." A Bíblia, ao contrário, não deixa espaço para tais devaneios:"...tudo o que há na terra perecerá" (Gn 6.17)."...e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz" (Gn 7.4)."...e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne..., ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca" (Gn 7.20-23).As instruções de Deus para Noé, de que trouxesse um par de cada espécie para a arca, só têm sentido se o dilúvio atingiu o mundo inteiro. Deus prometeu não voltar a destruir a terra por água novamente (Gn 9.11), todavia têm havido muitas enchentes regionais desde aquele tempo. A destruição futura do mundo, conforme profetizada por Pedro, seria apenas um incêndio localizado, se o dilúvio com que é comparado foi limitado (2 Pe 3.6-7). Finalmente, Jesus compara Seu futuro julgamento da humanidade ao dilúvio (Mt 24.38-41).Um Cristianismo Sem InerrânciaTemos que crer na Bíblia inteira. Isto é Fundamentalismo Bíblico. Se Gênesis não é exato em cada detalhe, em qual parte da Bíblia poderemos confiar, então? Se a Bíblia está errada quanto à origem do homem e seu pecado, como poderemos confiar no que ela diz sobre a sua redenção e seu destino eterno? Na verdade a Bíblia está absolutamente certa em tudo que declara.Se as últimas descobertas da ciência concordam ou não com a Bíblia, isso não deve inquietar ao Fundamentalista Bíblico. Como confiamos em Deus, não somos intimidados pelos homens. Só um tolo trocaria a Palavra infalível de Deus pelas opiniões mutáveis e falíveis dos homens. Os cientistas cometem erros e muitas vezes são condicionados por preconceitos. No seu livro Great Feuds in Science, o historiador Hal Hellman documenta que até os maiores cientistas têm sido "influenciados por orgulho, ambição, cobiça, inveja e até por evidente impulso de estar certo".[3]Tragicamente, diminui gradativamente o número de cristãos que ainda defendem a Inerrância Bíblica e a sua suficiência, como Harold Lindsell documenta em The Battle for the Bible. O Seminário Teológico Fuller é um exemplo citado por ele. Podemos dizer com certeza que para as multidões envolvidas no atual movimento evangélico a Inerrância raramente se constitui num problema, pois tais pessoas se apóiam em experiências e emoções mais que em doutrina. Para muitos atualmente, o amor por Jesus é um maravilhoso sentimento, divorciado completamente da verdade que Jesus afirma ser. No livro The Bible in the Balance, Lindsell confessa que "a palavra ‘evangélico’ tem se tornado tão desonrada que perdeu sua utilidade... Talvez seja melhor adotar a palavra ‘Fundamentalista’, mesmo com todos os ataques depreciativos que tem sofrido por parte dos seus críticos".Motivos de Rejeição do Fundamentalismo BíblicoO Fundamentalismo Bíblico tem sido estigmatizado por duas razões:1- alguns cristãos fundamentalistas são fanáticos e afastam-se de outros cristãos de uma forma insensata e anti-bíblica;e 2- por causa do exemplo do Fundamentalismo Muçulmano, que apregoa que todos precisam adotar as mesmas roupas e costumes que Maomé adotou no século VII. Consagrados que são ao alvo islâmico de conquistar o mundo pela força, esses muçulmanos fundamentalistas são responsáveis por muitos dos atuais atos de terrorismo. Por conseqüência, também os Cristãos Fundamentalistas Bíblicos, cuja lei maior é o amor, são freqüentemente retratados com estas mesmas cores de fanatismo.Um Cristianismo de PopularidadeTodos que desejam confiar e obedecer à Palavra de Cristo e que querem ser Seus verdadeiros discípulos (Jo 8.31-32), precisam estar prontos a permanecer sozinhos, como Daniel e seus amigos. Com medo de serem diferentes, muitos cristãos seguem a multidão. Famintos pelos louvores deste mundo, eles amam "mais a glória dos homens, do que a glória de Deus" (Jo 12.43). C.H. Spurgeon ficou virtualmente sozinho, abandonado mesmo pelos seus ex-alunos e amigos, quando foi censurado pela União Batista Britânica, por sua indisposição em tolerar a apostasia dentro daquele grupo. A. W. Tozer declarou, pouco antes de morrer: "por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte." Que acusação contra aqueles pastores e igrejas!Cristo advertiu: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lc 6.26). Ele afirmou que a verdadeira fé em Deus é impossível quando nós aceitamos "glória uns dos outros", e, contudo, não procuramos "a glória que vem do Deus único" (Jo 5.44). John Ashbrook escreve que o "neo-evangelismo está determinado a impressionar o mundo com seu intelectualismo. Ele tem estado a buscar o respeito da comunidade acadêmica. Determinou ganhar glória nas fontes do ensino secular."[4] Carl Henry observou que "em conseqüência da crescente atitude de tolerância... a fé cristã foi embalada de forma a facilitar sua comercialização."[5]O único inimigo do Liberalismo é a firme adesão do Fundamentalismo Bíblico à autoridade e suficiência das Escrituras. D. Martyn Lloyd-Jones lamenta o fato de que muitos evangélicos mudaram de "pregar" para "compartilhar" a Palavra de Deus, o que sutilmente transfere a autoridade da Palavra de Deus para a experiência e opinião humanas.[6] Tal comprometimento, além de não ajudar o incrédulo a enxergar a luz; ainda o deixa mais cego. Essa tolerância estimula a resistência dos homens em se submeterem à autoridade de Deus. O Liberalismo, inevitavelmente, endurece cada vez mais contra a verdade. Podemos ver isso atualmente em todo o mundo.A Tolerância Quanto ao HomossexualismoA aceitação de homossexuais, em nome da tolerância e do Liberalismo, tem produzido uma intolerância cada vez maior contra qualquer outro ponto de vista. O mundo inteiro, que por milhares de anos considerou o homossexualismo como antinatural e vergonhoso, agora está sendo forçado a abandonar tal convicção. Os homossexuais, que reivindicavam tolerância, têm se mostrado totalmente intolerantes na medida em que conquistam poder. Eles atacam com malícia, verbal e fisicamente, qualquer pessoa que queira manter uma opinião independente. O mundo tem sido coagido a garantir privilégios especiais aos homossexuais, apesar do estilo de vida "gay" ser cheio de práticas nocivas, levando à proliferação de doenças que ameaçam a sociedade em geral e reduzem pela metade a expectativa de vida das pessoas. A incurável AIDS, embora se propague em proporções epidêmicas, afetando inocentes e sendo fatal para todos que a contraem, é tratada com um sigilo perigoso e um status privilegiado, devido à sua penetração entre os homossexuais.A Tolerância Quanto ao EvolucionismoVemos a mesma intolerância nos evolucionistas que acusam os criacionistas de pensamento bitolado. A ciência deve promover a liberdade de investigar e aceitar os fatos. Mas, em nome da ciência, a teoria da evolução é ensinada às crianças nas escolas públicas como fato, enquanto as evidências contra ela são omitidas e a alternativa bíblica e racional da criação de Deus não é admitida nem considerada.A Situação na RússiaNuma recente viagem a Rússia, um dos principais responsáveis pelo sistema educacional nos disse o seguinte: "Por setenta anos vimos os frutos da imposição dogmática de apenas uma opinião aos alunos. Estamos cheios disso e ansiosos para considerar as alternativas". O colapso do Comunismo deixou um vácuo moral que a Rússia está tentando preencher com os ensinos da Bíblia. Paradoxalmente, as escolas da Rússia agora acolhem os mesmos ensinos morais e da criação que estão banidos das escolas americanas! Não podemos saber quanto tempo isso vai durar. A Igreja Ortodoxa Russa, intolerante e firmemente contrária ao Evangelho, está procurando retomar o monopólio da religião – e alguns evangélicos americanos estão cooperando com esse sistema anticristão. Oremos pela Rússia.O Cristianismo foi introduzido em 988 d.C. no país que mais tarde se tornou a Rússia, pelo príncipe Vladimir. Antes ele havia considerado o Islamismo, já que suas vinte esposas não causavam problema para aquela "fé". Mas como o Islamismo proíbe o álcool, ele acabou abraçando o Cristianismo da Igreja Ortodoxa, onde o álcool corria livremente (muitos monges e sacerdotes bebem intensamente) e onde a opulência dos rituais tem um apelo misterioso. Ele decretou uma esposa como "oficial", mantendo as outras dezenove como concubinas, enquanto usava o álcool livremente. Foi assim que a Rússia "converteu-se" ao Cristianismo. Em 1988, o milésimo aniversário desse evento foi celebrado com pompa e ritual. Billy Graham esteve presente para trazer suas congratulações. Na ocasião, ele disse:Sinto-me profundamente honrado em congratular-me com vocês nesta histórica e alegre ocasião em que se comemora o milésimo aniversário do batismo da Rússia, proporcionado pelo batismo do príncipe Vladimir, de Kiev...[7]A Igreja Ortodoxa, assim como o Catolicismo Romano, é inimiga jurada do Evangelho. Ela tem mantido o povo russo na escravidão e na superstição, ensinando-o a buscar nela a salvação, beijando seus ícones, pagando por orações e sacramentos. Embora rejeite o purgatório do catolicismo, ensina que, através de nossas orações, as almas podem ser resgatadas do inferno para o céu.Visitamos, nas proximidades de Moscou, o centro da Igreja Ortodoxa, com seu seminário e muitas igrejas. Monges com quem falei explicaram que a morte de Cristo possibilitou a nossa entrada no céu, desde que fôssemos batizados, participássemos dos sacramentos e "vivêssemos o Evangelho". Para eles, a porta que Cristo abriu está no cume duma alta escada que precisamos subir pelos nossos próprios esforços, obedecendo à Igreja e auxiliados por ela.Fui um dos preletores numa conferência em Moscou que atraiu pastores e membros de igrejas de toda a Rússia. Havia uma indisfarçável expectativa de que a Palavra de Deus fosse ensinada. Eu expus abertamente os ensinos e práticas não-bíblicas da Igreja Ortodoxa Russa que (como a Igreja Católica no Ocidente) perseguiu e assassinou multidões de verdadeiros cristãos. A Igreja Ortodoxa, que estabeleceu parceria tanto com os czares como com os comunistas que os sucederam, pressionou o presidente Yeltsin a favor da nova lei que suprime a liberdade religiosa (essa lei está sendo atualmente implementada em pequenas cidades fora de Moscou). Centenas de fitas de vídeo e de áudio de nossa conferência estão sendo distribuídas por toda a Rússia. Oremos para que dêem frutos!Fundamentalismo Bíblico é Não Negociar o InegociávelComo avisamos aos irmãos e irmãs da Rússia, o verdadeiro "crer no Senhor Jesus Cristo" para a salvação tem que ser uma profunda convicção e não apenas uma mera preferência. E esta corajosa convicção certamente será seguida de grande oposição e terrível violência da parte de Satanás e da carne. Lembrando que a eternidade nos espera em breve, jamais devemos trocar o eterno "muito bem, servo bom" de Deus pela aprovação dos homens nesta vida tão curta. A plenitude de vida, tanto agora como por toda a eternidade, tanto para nós mesmos como para as pessoas a quem temos a oportunidade e a responsabilidade de influenciar, depende desta verdade inegociável.[1] Christian History, Edição 55, Vol. XVI, No. 3, p. 36.[2] Ibid.[3] The Bulletin, (Bend, OR, 4/7/98), A7.[4] New Neutralism II, 8.[5] World (11/3/89), 7.[6] Ian Murray, David Martyn Lloyd-Jones: The Fight of Faith, p. 667.[7] Foundation (9/98), 4.
Sou um Fundamentalista Bíblico, adaptado por Josias Baraúna Jr. e publicado originalmente como "Sou um Fundamentalista?", foi extraído do Jornal Evangélico Chamada da Meia-Noite, julho de 1999 - órgão informativo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, editora que também publica em português os livros de Hunt, tendo sido este artigo publicado anteriormente em português no Jornal Fundamentalista TBC 8/98 - órgão informativo da União Bíblica Fundamentalista.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A OBRA DE DEUS PAI NA SALVAÇÃO

Efésios 1.1-6
Após mostrar a sua autoridade de apostolo, não pela sua própria vontade, mas de Deus, Paulo saúda os crentes de Eféso, podemos ver esta saudação em Ef 1.1,2. Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Paulo através de sua apresentação, ele demonstra com que autoridade ele escreve aqueles irmãos, autoridade não dele, mas do próprio Senhor da igreja, Cristo. Isso nos mostra que a nossa autoridade de pregar o evangelhos não vem, de nós mesmos, mas de Cristo, pois em sua carta aos Efésios, Paulo mostra várias repetições como “Em Cristo” ou “Nele”, mostrando assim a união intima estabelecida por Deus entre Cristo e o seu povo. Por isso, encontramos no inicio da carta, Paulo enaltecendo o nome de Cristo e não o dele próprio.
Após a sua apresentação como apostolo de Cristo, Paulo faz referencia as benção de Deus, e vale notar que do versículo 3 ao 14, é uma só frase, o máximo que poderemos encontrar nesta frase são virgulas e ponto e virgula, mas não um ponto final. Esta extensa frase mostra o louvor ao propósito de Deus, propósito este que podemos encontrar com mais clareza em Rm 8.28-30: 28 “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; 30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou”. Propósito de Deus amar trata-se de um plano da graça da salvação soberana, dando capacidade a todos aqueles que agora crêem em Cristo e com a fé que o próprio Deus coloca em cada coração se aproximam de Deus para a salvação através de Cristo. a predestinação significa destino garantido para os crentes, que é a vida eterna dada e decretada por Deus para aqueles que ele elegeu antes da fundação do mundo.
Os versículos 3-6, trata das bênçãos de Deus. Paulo começa dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo”, v.3, Paulo lembra aos efésios das bênçãos que Deus havia derramado sobre a vida deles, pois quem louva, louva por aquilo que recebeu das mãos de Deus e por sua grandeza. Isso nos leva a refletir, como somos ingratos a Deus, pois muitas vezes deixamos de agradecer a Deus pelas bênçãos que Ele nos tem dado e uma das grandes bênçãos de Deus, foi ele ter nos escolhido para a salvação por Cristo. quantas pessoas ouvem o evangelho e o trata com desprezo. Ah, queridos irmãos precisamos estar diante de Deus com gratidão, pois ele nos tem abençoado com todas as bênçãos celestiais. Paulo mostra aos crentes de efésios a importância de terem corações gratos diante das grandes obras de Deus em nossas vidas. Do versículo três até o versículo doze o contexto é de agradecimento por bênçãos recebidas. Paulo passa a descrever as bênçãos recebidas da parte de Deus que o levou a bendizer.
“como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”

a) Como também: A ação de abençoar através da eleição é exclusivamente de
Deus. Foi Deus quem abençoou os cristãos com a eleição. Deus escolheu quem Ele salvaria.

Quando o apóstolo Paulo diz que Deus nos elegeu, ele utiliza o verbo no pretérito perfeito, o que indica algo concluído, que eles já estavam de posse da bênção. Isto demonstra que o cristão é um eleito, ou seja, já estamos no exercício da condição para qual fomos eleitos: santos e irrepreensíveis. Se alguém chegasse a nos perguntar que data Deus elegeu pessoas para a salvação, podemos dizer que o texto nos dar essa resposta: “antes da fundação do mundo”. Paulo apresenta a data em que se deu a eleição: Antes que o mundo fosse fundado. Antes que o mundo se tornasse mundo, Deus já havia eleito pessoas para a salvação, este é o mistério da salvação, o homem sendo salvo não pela sua própria vontade, mas a vontade de Deus. E Deus elegeu pessoas para a salvação para que fossem santas e irrepreensíveis. Santidade e irrepreensibilidade são características pertinentes à nova criatura conforme o que atesta o apóstolo Paulo: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” Ef 4. 24.
A palavra escolha ou eleição aponta um processo para algum fim. Está é a idéia presente neste termo: alguém só é escolhido para um objetivo pré-definido. Se retirarmos qualquer elemento pertinente ao processo de escolha, não existe escolha. Porque:

se não houver um objetivo pré-definido a executar não existe escolha;
se não houver alguém a ser escolhido, não haverá escolha;
se não houver um critério para a escolha, não haverá escolha, e;
se houver a escolha haverá o antes e o depois.

Queremos mostrar ainda, o propósito de Deus e sua graça, pois sabemos que graça significa um favor imerecido de Deus e esta graça se divide em: Graça Comum e Graça Especial. Muitas vezes observamos que pessoas recebem bênçãos de Deus, são prosperas em seus negócios, tem uma saúde boa, não demonstra sofrimentos, porém desprezam a palavra de Deus, vivem em rebeldia e assim mesmo são alvos de bênçãos divinas, por outro lado existem pessoas que são fiéis a Deus, tem uma vida de piedade, de oração, mas não são agraciadas com bênçãos materiais, não tem uma estabilidade financeira que lhe dê condições de sobrevivência, padecem por incontáveis problemas de saúde, perguntamos por que isso acontece se tais pessoas buscam a Deus? Jesus tratando no sermão do monte nos diz que Deus o Pai, faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos, Mt 5.45. Deus pode derramar as suas bênçãos sobre a humanidade, porém a benção da salvação só é derramada sobre os eleitos, essa é a graça especial, onde muitos que usufrui da graça comum estão privados da graça especial. É justamente isso que Paulo fala aos efésios, as benção salvifica de Deus, através da eleição ou soberana escolha e essa escolha é antes da fundação do mundo. Em outras palavras, Deus sabe quem está salvo e quem não está salvo, pois ele mesmo escolheu. A doutrina da eleição de Deus é conseqüência natural da depravação da humanidade. Se de fato o homem está morto e preso em cativeiro, e cego, então a sua liberdade esta fora dele, ou seja, está com Deus. Se de fato alguns homens e mulheres são levantados de sua morte espiritual, tais pessoas “são nascidas de novo”, e não por si mesmas, mas Deus é quem efetua esse milagre. Esses são alvos da graça especial de Deus.
Quando Paulo fala da eleição, ele tem em mente que a predestinação dividi-se em duas partes:

Eleição , com referencia aos salvos;
Reprovação com relação aos condenados.

Estes dois aspectos são frutos da vontade de Deus, pois Deus escolhe a quem ele quer e rejeita quem ele quer. Nos é dito em Rm 9:14 – 17: Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum. Porque diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra. São essa doutrinas que Paulo lembra aos efésios, mostrando-nos que o propósito eterno de Deus em salvar pessoas não está em nós, mas em Deus.
Após ouvirmos a palavra do Senhor de uma forma tão tocante, qual a avaliação de salvação que fazemos? Será que a salvação vem de nós mesmos Eu aceitar ou rejeitar a Deus? A escolha é realmente nossa? Que possamos ser gratos a Deus, por nos dar este dom maravilhoso que é o dom da salvação. E você amigo visitante, que talvez a sua vida anda sem direção, dizemos que a tua vida é dirigida por Deus, por mais que você negue, esta é a grande verdade. Sabemos que a escolha não é nossa, e nem quem é eleito, pois este mistério pertence a Deus. Você amigo visitante pode ser um eleito, venha a Cristo hoje e seja agraciado pelas bênçãos divinas e como já dissemos antes quem sabe você não é um eleito e pode hoje dizer igual ao apostolo Paulo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo”, que Deus nos abençoe. Amém.
Rev. Davi Nascimento















SANTIDADE NO OUVIR


“Sabei estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tiago 1.19.


O propósito desta carta era animar, confortar e ensinar os cristãos judeus, pois eles atravessavam um período de provações, tentações e havia também uma grande tendência de desvincularem a fé das obras. A carta do apostolo Tiago, traz um teor prático e apresenta preceitos morais para vida dos cristãos. Estudando está carta, percebemos que ela tem 108 versículos e entre estes versículos podemos encontrar 54 mandamentos. Destacamos um deles de suma importância para as nossas vidas, que é “o saber ouvir”.
Vivemos em uma época, em que as pessoas costumam ouvir menos, e falar mais. Nisso tudo podemos refletir de onde vêm as guerras, o ressentimento, lares em crise, casais se divorciando e tudo isto por que as pessoas perderam o habito de ouvir as outras.
Quando nos deparamos com a palavra de Deus, somos confrontados a ouvirmos mais e falarmos menos. Tiago nos ensina uma grande verdade quando diz que todo homem deve estar pronto para ouvir. Devemos notar que ele não exclui quem quer que fosse da exortação: “Todo o homem...”, Deveriam estar prontos para ouvir. O apóstolo alerta para alguns cuidados que os irmãos deveriam ter quanto à paciência no ouvir. Devemos saber que pela falta de paciência no ouvir surgem vários problemas de má interpretação e desses problemas surgem às contendas, iras, intrigas e a falta de comunhão no meio do povo de Deus. Podemos identificar pelo menos dois aspectos na recomendação do apostolo Tiago:

1. Os irmãos ouviriam prontamente a mensagem que estava sendo transmitida por meio da carta, e;

2. Quando fossem inteirados dos problemas existentes no seio da igreja, não fariam julgamentos precipitados, pois deveriam estar prontos a ouvirem mais.
Neste versículo, as recomendações soam como freio ao apetite de muitas pessoas que são atraídas a falarem precipitadamente. Muitos ao falarem precipitadamente dizem: “Falei o que meu coração pediu”, mas novamente somos confrontados pela palavra de Deus que “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?”, Jr 17.9. Ninguém conhece as intenções do coração, por isso todo o nosso proceder deve ser santo. Em tudo devemos buscar a santidade, especialmente no ouvir.
Tiago utiliza o mesmo principio que Paulo ao exortar que o homem deve examinar a si mesmo. Com poucas palavras, e de maneira direta Tiago escreve para evidenciar a cada indivíduo o seu erro, que ao ouvir precipitadamente provoca uma explosão de problemas.
Trazendo esta verdade para os nossos dias podemos refletir sobre duas perguntas:

· Será que o nosso ouvido foi convertido juntamente com o nosso corpo e espírito?

· As crises em nosso lar, igreja, trabalho, escola e vizinhança, não surgem pelo fato de exercitar-mos mais a nossa língua do que o nosso ouvido?

Que aprendamos a usar os nossos ouvidos como instrumento de santidade nas mãos do Senhor, para que não somente nós mesmos, mas que outras pessoas possam ser edificadas pelo nosso proceder.




Rev. Davi Nascimento