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terça-feira, 19 de abril de 2011

O TOQUE DO SENHOR



POR
JOHN PIPER


"Também Saul se foi para sua casa, a Gibeá; e foi com ele uma tropa de homens cujo coração Deus tocara".


Ler estas palavras tem me levado a orar por um novo toque de Deus. Que coisa maravilhosa é ser tocado por Deus, no coração! Não existe nada incomum a respeito da palavra hebraica usada neste versículo; ela significa apenas “tocar”, no sentido comum. Deus tocou o coração daqueles homens.
O toque de Deus no coração de alguém é algo impressionante. É impressionante porque o coração é tão precioso para nós — tão profundo, tão íntimo, tão pessoal. Quando o coração é tocado, somos tocados profundamente. Alguém penetrou as camadas protetoras e chegou ao centro. Fomos conhecidos. Fomos descobertos e vistos.
O toque de Deus é impressionante porque Deus é Deus. Pense no que é dito neste versículo! Deus tocou aqueles homens. Não foi a esposa, nem um filho, nem o pai ou a mãe, nem um conselheiro. Foi Deus quem tocou. Aquele que tem infinito poder no universo. Aquele que tem infinita autoridade, sabedoria, amor, bondade, pureza e justiça. Foi Ele quem tocou o coração daqueles homens.
O toque de Deus é impressionante porque é um toque. É uma conexão verdadeira. O fato de que esse toque envolve o coração é impressionante. O fato de que esse toque envolve a Deus é admirável. E, por ser um toque real é maravilhoso. Os homens valentes não somente ouviram palavras sendo-lhes dirigidas. Não somente receberam uma influência divina. Não foram apenas vistos e conhecidos externamente. Deus, com infinita condescendência, tocou-lhes o coração. Deus estava bem próximo. E os homens não foram consumidos.
Amo esse toque. Desejo-o mais e mais. Desejo-o para mim mesmo e para todos os membros de nossa igreja. Rogo a Deus que toque em mim e em toda a sua igreja, de maneira nova e profunda, para a sua glória. O texto bíblico diz que eles eram uma tropa de homens — “e foi com ele uma tropa de homens cujo coração Deus tocara”. A palavra hebraica traz consigo a idéia de força, coragem, substância. Oh! que os santos de Deus sejam valentes para o Senhor — corajosos, fortes e cheios de dignidade, beleza e verdade!
Orem comigo para que tenhamos esse toque. Se vier com fogo, que assim seja! Se vier com água, que assim também seja! Se vier com vento, faze-o vir, ó Deus! Se vier com trovões e relâmpagos, prostremo-nos ante esse toque. Ó Senhor, vem! Aproxima-te bastante, para tocar-nos. Envolve-nos com o amianto da tua graça. Penetra o profundo de nosso coração e toca-o. Queima, encharca, sopra, esmaga. Ou, usa uma voz suave e tranqüila. Não importa a maneira, vem. Vem e toca o nosso coração.



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FONTE: http://www.editorafiel.com.br/det_dev.php?id_dev=49



EXTRAÍDO DO LIVRO: Uma Vida Voltada Pra Deus.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homofobia: Um Esclarecimento Necessário

POR

Rev. Hernandes Dias Lopes

A palavra homofobia está na moda. No mundo inteiro discute-se a questão do homossexualismo. Em alguns países já se aprovou a lei do casamento gay. Aqui no Brasil, tramita no congresso um projeto de lei (PL 122/2006), que visa a criminalização daqueles que se posicionarem contra a prática homossexual. O assunto que estava adormecido, em virtude de firme posição evangélica contra o referido projeto de lei, mormente na efervescência da campanha política de 2010, ganhou novo fôlego com a nova proposta da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que pleiteia a reclusão de cinco anos, em regime fechado, para quem se posicionar publicamente contra o homossexualismo. Diante desse fato, quero propor algumas reflexões:

Em primeiro lugar, esse projeto de lei fere o mais sagrado dos direitos, que é a liberdade de consciência. Que os homossexuais têm direito garantido por lei de adotarem para si o estilo de vida que quiserem e fazer suas escolhas sexuais, ninguém questiona. O que não é cabível é nos obrigar, por força de lei, concordar com essa prática. Se os homossexuais têm liberdade de fazer suas escolhas, os heterossexuais têm o sagrado direito de pensar diferente, de serem diferentes e de expressarem livremente o seu posicionamento.

Em segundo lugar, esse projeto de lei cria uma classe privilegiada distinta das demais. O respeito ao foro íntimo e à liberdade de consciência é a base de uma sociedade justa enquanto a liberdade de expressão é a base da democracia. Não podemos amordaçar um povo sem produzir um regime totalitário, truculento e opressor. Não podemos impor um comportamento goela abaixo de uma nação nem ameaçar com os rigores da lei aqueles que pensam diferente. Nesse país se fala mal dos políticos, dos empresários, dos trabalhadores, dos religiosos, dos homens e das mulheres e só se criminaliza aqueles que discordam da prática homossexual? Onde está a igualdade de direitos? Onde está o sagrado direito da liberdade de consciência? Onde o preceito da justiça?

Em terceiro lugar, esse projeto de lei degrada os valores morais que devem reger a sociedade. O que estamos assistindo é uma inversão de valores. A questão vigente não é a tolerância ao homossexualismo, mas uma promoção dessa prática. Querem nos convencer de que a prática homossexual deve ser ensinada e adotada como uma opção sexual legítima e moralmente aceitável. Os meios de comunicação, influenciados pelos formadores de opinião dessa vertente, induzem as crianças e adolescentes a se renderem a esse estilo de vida, que diga de passagem, está na contramão dos castiços valores morais, que sempre regeram a família e a sociedade. O homossexualismo não é apenas uma prática condenada pelos preceitos de Deus, mas, também, é o fundo do poço da degradação moral de um povo (Rm 1.18-32). Em quarto lugar, esse projeto de lei avilta os valores morais que devem reger a família. Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27). Ninguém nasce homossexual. Essa é uma prática aprendida que decorre de uma educação distorcida, de um abuso sofrido ou de uma escolha errada. Assim como ninguém nasce adúltero, de igual forma, ninguém nasce homossexual. Essa é uma escolha deliberada, que se transforma num hábito arraigado e num vício avassalador. Deus instituiu o casamento como uma união legal, legítima e santa entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). A relação homossexual é vista na Palavra de Deus como abominação para o Senhor (Lv 18.22). A união homossexual é vista como um erro, uma torpeza, uma paixão infame, algo contrário à natureza (Rm 1.24-28). A Palavra de Deus diz que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, a não ser que se arrependam dessa prática (1Co 6.9,10). Porém, aqueles que se convertem a Cristo e são santificados pelo Espírito Santo recebem uma nova mente, uma nova vida e o completo perdão divino (1Co 6.11). _______________________________________

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Salmo 1 e 2 sobre Graça Incomum

por

Rev. Angus Stewart


Nas quatro últimas edições do News, consideramos cinco Salmos (5, 11, 69, 73 e 92) que se opõem à falsa doutrina da graça comum. Mas os Salmos têm muito mais a dizer em defesa da graça soberana, particular e incomum de Deus. Dada a importância desse assunto e o interesse e apoio considerável dos nossos leitores – alguns inclusive mencionando Salmos específicos que desejariam que fossem incluídos – proponho lidar com mais Salmos, começando com o primeiro e o segundo. A primeira palavra do Salmo 1, tanto em hebraico como em português, é “bem-aventurado”, uma palavra-chave no debate sobre graça comum. Um homem “bem-aventurado” (Sl 1.1) é alguém bendito e tornado feliz pelo fato de Deus o ter trazido à comunhão viva com ele mesmo. Que Deus nos abençoa significa que ele tem uma atitude favorável de graça e de misericórdia para conosco, que ele interna e graciosamente restringe o pecado em nós e que ele nos capacita a fazer boas obras que são agradáveis aos seus olhos por meio de Jesus Cristo. O caminho da bem-aventurança e da felicidade para nós como povo de Deus é aquele da prática da antítese, a separação espiritual dos ímpios – nenhum “andar”, “deter-se”, “assentar” em comunhão com eles (1). O versículo 1 é contrário à noção de muitos defensores da graça comum, os quais afirmam que os crentes devem ser amigos dos incrédulos e deveriam cooperar com os “não cristãos de boa vontade” na construção do reino de Deus sobre a Terra. Embora o versículo 1 declare, negativamente, o que o homem bem-aventurado não faz, o versículo 2 apresenta, positivamente, seu deleite e meditação na Palavra de Deus. Ao evitar o ímpio (1) e banquetear-se com as Sagradas Escrituras (2), o santo fiel é comparado a uma árvore bem regada e frutífera (3). A segunda metade do primeiro Salmo volta-se para os ímpios (4-6), começando com a declaração simples e devastadora: “Não são assim os ímpios” (4). Contrário ao povo de Deus (1-2), os não convertidos reúnem-se em seu pecado e desprezo pela Palavra de Deus. Enquanto o homem piedoso é “bem-aventurado” (1), “não são assim os ímpios” (4). A atitude de Deus para com eles não é de amor e favor, mas de ira. Jeová não opera graciosamente neles para refrear o pecado e tornar suas obras parcialmente justas aos seus olhos. Eles não produzem nenhum “fruto” bom e não “prosperam” espiritualmente (3). Não existe nenhuma graça comum aqui! O Salmo 1.6 observa que “o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá”. Obviamente, o Deus onisciente “conhece” os caminhos dos crentes e dos incrédulos, se “conhece” aqui simplesmente significa “estar intelectualmente ciente”. Esse texto está dizendo, portanto, que Jeová “conhece [com o conhecimento íntimo de amor]” o “caminho” (i.e., estilo de vida, comportamento) dos seus santos. O paralelismo hebraico do Salmo 1.6 nos ensina que Deus não “conhece” (i.e., ama) o “caminho” (i.e., estilo de vida, comportamento) dos ímpios; ele odeia o “caminho” deles porque os réprobos são totalmente depravados, assim como todas as suas obras (Pv 6.16-19; Rm 3.10-18). Dessa forma, não somente os ímpios serão condenados no grande dia do juízo (Sl 1.5) e lançados como a palha perante o vento (4), mas Deus detesta tanto o comportamento e estilo de vida deles que até mesmo “o caminho dos ímpios perecerá” (6)! O Salmo 2 fornece uma excelente refutação da graça comum e do que ela é supostamente capaz de fazer. Os “pagãos” (KJV), os “povos”, os “reis da terra” e os “governos” (1-2) são os judeus, os gentios e seus líderes, Herodes e Pôncio Pilatos, de acordo com Atos 4.25-28. De acordo com a teoria da graça comum, o império romano e as pessoas com domínio terreno, supremacia militar, prosperidade material, estradas excelentes, jurisprudência desenvolvida e alto nível de civilização foram grandemente abençoadas por Deus. Enquanto os romanos pagãos tinham a graça comum mais politicamente, os judeus incrédulos tinham supostamente a graça comum mais religiosamente (por meio de sua possessão externa da lei e da descendência física de Abraão, etc.). Mas o que os romanos e judeus ímpios fizeram com todo esse suposto amor de Deus por eles, para eles, sobre eles e neles? O Salmo 2 diz que eles atacaram Jeová e o “seu ungido” (2) ou Messias (do hebraico) ou Cristo (do grego) e pregaram o Filho encarnado de Deus na cruz! Esses supostos promotores da “lei natural” (os romanos) e da lei do Antigo Testamento (os judeus) rejeitaram a lei de Deus e romperam suas “ataduras” e “cordas” (3). Quantas boas obras produzidas pela graça comum! Será que esses judeus e gentios ímpios frustraram o propósito divino de salvar o seu povo e exaltar o seu Filho? Não! “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião” (6). Existe algum amor divino por esses incrédulos que receberam tantas coisas boas na providência (não graça) de Deus? Não! O Senhor ri e zomba deles (4). Ele não abençoa ou fala bem deles ou a eles; ele lhes fala “em sua ira” (5). De forma alguma ele está satisfeito com eles ou com suas obras; ele os turba “no seu furor” (5). A crucificação de Cristo foi seguida por sua ressurreição (7; Atos 13.33) e ascensão à mão direita de Deus (Sl 2.6) e governo sobre todas as nações (8-9). E o que dizer do governo providencial de Cristo sobre os ímpios réprobos? É esse parcialmente um governo de amor para eles e parcialmente um governo de ira santa contra eles? Não, é inteiramente desse último tipo: “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro” (9). Em termos teológicos, os eleitos estão debaixo do reino de graça de Cristo; os réprobos estão debaixo do seu reino de poder (não graça). O chamado do evangelho está presente no Salmo 2: “confiem” em Cristo (12), “sede prudentes” e “deixai-vos instruir” (10). “Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor” (11). “Beijai o Filho” — um ato de homenagem e submissão — para que não “pereçais” sob o seu furor e “ira”, algo que pode acontecer “em breve” (12). O Salmo 2 terminar da forma que o Salmo 1 começa, com uma afirmação da bem-aventurança do povo eleito de Deus: “Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Sl 2.12). Aqueles que não creem não são bem-aventurados, mas malditos (Gl 3.6-14; Dt 27.11-28.68).


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Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto


Fonte: http://monergismo.com/?p=2983

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NÃO PREGAMOS A NÓS MESMOS


Por


Vincent Cheung


"Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus". (2 Co 4.5)




Há um sentido no qual nunca devemos ser modestos na nossa pregação. Certamente não devemos fazer grandes afirmações sobre nós mesmos, mas em primeiro lugar não devemos pregar a nós mesmos. Na proclamação do evangelho, apresentamos Cristo como o merecedor de confiança e adoração. Declaramos Jesus Cristo como supremo. E se pregamos a ele e não a nós mesmos, seremos modestos sobre o quê? Nós o louvamos sem restrições, e sem medo de exageros. Existe um lugar para a humildade, e isso está no fato de dirigirmos a atenção para ele e para longe de nós. Essa humildade é invisível, porque sempre que está presente e é bem sucedida, dirige o foco para o Senhor. Um constante autorrebaixamento, de tal forma que ninguém pode deixar de notar, é sinal que a pessoa já falhou. A verdadeira humildade se traduz em uma agressividade em nossa pregação porque se a nossa pregação é fiel ao seu tema, ela irá refletir a qualidade do que é pregado. Dessa forma, quando falamos de Jesus Cristo, temos que ser corajosos e impetuosos. Ainda que sejamos fracos em nós mesmos, e por vezes nos aproximemos da tarefa com temor e tremor, nele somos fortes, e em nosso discurso exemplificamos a sua força e a sua verdade. Assim, com um tom de voz firme e estável, fazemos ostentações grandiosas. Proclamamos Jesus Cristo com um espírito indomável, não alimentado pela confiança em nós mesmos, mas pela nossa confiança nele. Ele é digno de ser declarado o Senhor de todos, e ele vive à altura das alegações que fazemos sobre ele. No ministério do evangelho pregamos a Jesus Cristo como o Senhor, mas nos fazemos servos daqueles que nos ouvem. Existem falsas noções quanto ao que significa ser servos daqueles que recebem o nosso ministério. Elas se levantam de uma falha ao distinguir entre ser servos de homens e servos de Deus. “Servo” pode se referir a duas coisas diferentes. Jesus se fez servo de homens – ele disse que veio para servir e não para ser servido – mas nunca permitiu aos homens que o controlassem. Ele serviu aos homens, mas não obedeceu aos homens. Ele serviu aos homens no sentido que fez o que era bom para eles, mas só o fez sob a direção do Pai, e muitas vezes contra a vontade dos homens. Um pai emprega um tutor para educar o seu filho, assim o tutor trabalha duro para o benefício da criança, mas a criança não tem autoridade para estabelecer o horário e currículo das lições. Antes, a criança tem que cooperar com o tutor ou enfrentar o desagrado do pai. Da mesma forma, quando pregamos o evangelho, nos tornamos servos daqueles que nos ouvem no sentido que trabalhamos duro em benefício deles, a salvação de suas almas. Mas ainda que sejamos servos deles, eles não são nossos senhores. Nós trabalhamos para o benefício deles, sob a direção do Senhor. É ele quem dita a nossa mensagem, nosso método e os nossos movimentos. Assim, a autoridade do pregador não é anulada, porém, mas antes estabelecida pelo seu papel como servo aos homens sob o comando de Jesus Cristo. Alguns têm aplicado erroneamente a ideia de servidão a negócios, paternidade e liderança em geral, com consequências ridículas. O ensinamento bíblico implica que devemos ser gentis e condescendentes? Não. Ele implica que devamos ouvir a contribuição das pessoas? Ainda que em muitos casos seja bom receber contribuições, isso não vem da ideia de ser um servo aos homens. Servir não quer dizer algumas das coisas que as pessoas pensam que isso significa. Em todo caso, servir significa que devemos trabalhar com empenho para o benefício dos outros, e isso muitas vezes implica um exercício de poder de comando forte, mesmo contra os desejos e as sugestões daqueles a quem servimos. Somos servos de todos os homens, mas somente Jesus Cristo é o nosso senhor. A incapacidade de compreender essa simples distinção tem produzido inúmeros resultados antibíblicos e grotescos.


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FONTE: http://monergismo.com/?p=2905


TRADUÇÃO: Claudino Batista Marra (marrajunior1@hotmail.com).

Pregação simples e honesta


por

Vincent Cheung


"Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus". (2 Co 4: 2 – NVI)



O motivo, a mensagem e o método de pregação nunca deveriam estar envoltos em mistério. Existem aqueles que igualam complexidade e ambiguidade à profundidade. Pregar é dizer às pessoas tudo o que Deus tem revelado na fé cristã, ou seja, na Bíblia. E nada sobre isso tem necessidade de ser confuso. Como Paulo lembra aos Coríntios, “pois nada lhes escrevemos que vocês não sejam capazes de ler ou entender” (1.13). Sem dúvida, Pedro observa que algumas coisas nas cartas de Paulo são difíceis de entender, mas ele diz “algumas coisas”, não a maioria ou todas as coisas, e ele diz “difíceis de entender”, e não impossíveis de entender. Ele escreve que pessoas “ignorantes e inconstantes” as distorcem para a sua própria destruição. Visto que os cristãos não devem ser nem ignorantes e nem inconstantes, e visto que eles receberam o mesmo Espírito Santo que os apóstolos receberam, é possível para o crente, pelo menos em princípio, captar tudo o que a Escritura ensina. E não há razão pela qual a nossa pregação devesse obscurecer a clara verdade da divina revelação. A verdadeira pregação cristã, portanto, deve ser honesta, clara e fácil de entender. Esse é o fundamento de qualquer teoria homilética. E por essa concepção de pregação, todo crente deveria ser capaz de comunicar o Evangelho aos seus vizinhos. Existem, sem dúvida, táticas que poderiam manipular a audiência ou utilizar das personalidades ou experiências dos ouvintes para que se possa ganhar influência sobre eles. Mas uma vez que haja qualquer elemento de engano, todo o exercício não mais funciona em direção à sua meta apropriada. Não queremos que as pessoas simplesmente se chamem cristãos – não é atrás disto que estamos, afinal; mais que isso, queremos que as pessoas sejam modificadas em seus corações, que acreditem em alguma coisa nova e maravilhosa, e que se tornem cristãos, e que assim se chamem porque o são. Queremos apresentar ao Senhor Jesus, discípulos genuínos e inteligentes, pessoas que compreendem a fé cristã e creem que ela é a verdade, e esse é o único caminho para a salvação e o único estilo de vida. Pela mesma razão, rejeitamos a violência como um meio de fazer discípulos ou de silenciar os nossos oponentes. Não que a violência seja errada em si mesma. Existe certa confusão sobre isso que enlameia muitas discussões sobre religião e sociedade. Ocasionalmente os cristãos são desafiados pelos seus oponentes com referência às aparentes atrocidades que os santos do Antigo Testamento cometeram contra outras nações. Por que os cristãos endossam esse comportamento no povo antigo, e se eles realmente endossam, por que dizem que isso é inaceitável para a propagação do Evangelho? Se os cristãos tomarem a suposição infundada de que a violência é errada em si mesma, ficam abertos a todos os tipos de criticismo contra os santos do Antigo Testamento, contra a pena de morte, a legítima defesa, contra o castigo físico na criação de filhos, e daí por diante. Mas todas das críticas contra a fé cristã são defeituosas, e essa aqui não é uma exceção. Deus mandou os santos do Antigo Testamento os povos para que pudessem se apossar da terra prometida, e não para disseminar a fé. Foi algo realizado por uma nação em guerra com outras nações, e não pela igreja como uma entidade espiritual ou por crentes agindo individualmente por conta própria. Deus tinha decidido expulsar os pagãos adoradores de ídolos – as suas falsas religiões eram as verdadeiras atrocidades – e ele cumpriu a sua promessa com referência à terra ao garantir a vitória de Israel. Depois Deus expulsou os próprios judeus, e agora os cristãos são o povo de Deus, e nós não lutamos por uma terra porque o nosso reino é espiritual. Nesse sentido, a violência dos santos do Antigo Testamento não tem relação com a agenda cristã. Do mesmo modo, quando executamos um criminoso, não se trata de uma tentativa de converter sua alma por esse alto, como se quiséssemos ameaçá-lo à fé. Trata-se de uma questão distinta da pregação do evangelho. Queremos que as pessoas creiam em seus corações, e não que meramente se vistam de uma aparência. Dessa forma, o uso da violência não é somente contra as ordens de Deus, mas é também impotente para obter o resultado que buscamos. O mesmo se aplica ao uso de truques e artimanhas, bajulação e apelos aos desejos pecaminosos dos homens. Ou você deseja a coisa errada, ou você não vai conseguir o que quer por nenhum outro método a não ser o discurso claro e sincero. Nós apresentamos a mensagem do evangelho como uma questão de verdade e de erro, de justiça e impiedade. Assim, levamos para dentro da mente dos homens que isso é uma questão de certo e errado. Apelamos à consciência deles, e não às suas carteiras ou aos seus apetites e desejos sensuais. A propagação do Evangelho não é uma questão de sutileza na oratória, de manobra política, de relevância cultural ou social. É expressão clara da verdade que pronunciamos diante de Deus e em direção aos homens – não adulterada pela ambição e livre de filosofia humana. Essa obra está aberta a todos os crentes. Qualquer cristão pode falar a alguém sobre o Senhor Jesus Cristo em linguagem forte e honesta, e esperar que o Espírito Santo venha com grande poder e convicção.

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TRADUÇÃO:Claudino Batista Marra (marrajunior1@hotmail.com).