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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A SUPREMACIA DE JESUS CRISTO

A SUPREMACIA DE CRISTO
Por

Eric J. Alexander


"Não importa quantos inimigos fortes planejem destruir a igreja, eles não têm poder suficiente para prevalecer contra o imutável decreto de Deus pelo qual Ele designou seu Filho como Rei eterno". João Calvino

É interessante, e acho que é significativo, o fato de que os eruditos, ao buscarem uma palavra para descrever a teologia, a pregação e o raciocínio de João Calvino, têm sido atraídos, muitas vezes, ao vocábulo cristocêntrico. Isso nos leva a concluir que, em todos os seus interesses, Calvino não permitia que nada ou ninguém tirasse o Senhor Jesus Cristo de seu lugar de supremacia em cada esfera da vida. Essa não era somente a maneira como Calvino pensava, escrevia e pregava; era a maneira como ele vivia e orava. Visando à completude, alguns eruditos preferem usar a palavra teocêntrico ou, pelo menos, acrescentá-la a cristocêntrico. Ser descrito de ambas as maneiras era o mais profundo desejo de Calvino.
Sem dúvida, ele tem sido mal interpretado e vituperado, de maneira notável, especialmente no âmbito da igreja que se declara cristã — e isso é surpreendente, quase além da compreensão. J. I. Packer sugere que “a quantidade de distorções às quais a teologia de Calvino tem sido submetida é suficiente para comprovar inúmeras vezes a sua doutrina da depravação total!”
Se os críticos de Calvino lessem suas obras, chegariam a uma conclusão diferente. Há duas fontes principais para a leitura de Calvino. Uma dessas fontes é As Institutas da Religião Cristã. Essa obra consiste de 80 capítulos, 4 livros e mais de 1.000 páginas. Packer chama-a de “uma obra-prima sistemática, que conquistou um lugar permanente entre os mais importantes livros cristãos”. Os comentários bíblicos de Calvino são outra fonte de leitura. Nenhuma dessas fontes apresenta linguagem obscura ou difícil.
Essas obras oferecem inúmeras percepções para o leitor. Mas revelam também, de modo conclusivo, que Calvino era um homem humilde, piedoso e semelhante a Cristo, um homem que se gloriava somente na pessoa e obra de Jesus Cristo, a quem ele se dedicava totalmente.
O desejo de Calvino de exaltar a Cristo a um lugar de supremacia singular é revelado em seus comentários do Novo Testamento. Até uma familiaridade superficial com esses comentários demonstra quão exata é a palavra cristocêntrico para descrever o evangelho que Calvino pregava e a ênfase que ele discerniu na teologia do Novo Testamento. Nos comentários, ele escreveu:

• Não há qualquer aspecto de nossa salvação que não possa ser achado em Cristo (Romanos).

• Todo o evangelho está contido em Cristo (Romanos).

• Todas as bênçãos de Deus nos alcançam por meio de Cristo (Romanos).

• Cristo é o começo, o meio e o fim — nada pode ser achado à parte de Cristo (Colossenses).

Sinclair B. Ferguson resumiu bem a supremacia de Cristo na teologia de Calvino, dizendo: “Tudo que nos falta, Cristo nos dá; todo o nosso pecado Lhe é imputado; e todo o julgamento que merecemos foi suportado por Cristo”.
Há diversas maneiras pelas quais se sobressai o desejo de Calvino de exaltar Jesus Cristo a um lugar de supremacia única. Neste artigo me limitarei a apenas uma dessas maneiras, ou seja, o ensino de Calvino sobre a obra de Cristo como Mediador por meio de seu ofício tríplice, como Profeta, Sacerdote e Rei.
Paul Wells escreveu que “João Calvino é indubitavelmente o maior teólogo da mediação por intermédio de Cristo”. E acrescentou: “Foi Calvino que desenvolveu o conceito do ofício tríplice de Cristo, como
sacerdote, profeta e rei, como uma maneira de apresentar as diferentes facetas da realização da salvação”. É claro que o Antigo Testamento é a sementeira dos três ofícios mediadores, que aguardavam sua plenitude em Cristo. Por nome e pela atividade de Deus em seu favor, Cristo é o “Ungido”.

O ofício de Cristo como Profeta

Quando começamos a entender todo o escopo da obra de Cristo como Mediador, compartilhamos imediatamente do senso de Calvino quanto à grandeza e à glória que pertencem a Cristo. Calvino escreveu: “A obra que seria realizada pelo mediador era incomum: envolvia o restaurar- nos ao favor de Deus, a ponto de tornar-nos filhos de Deus, em vez de filhos de homens; herdeiros do reino celestial, em vez de herdeiros do inferno. Quem poderia fazer isso, se o Filho de Deus não se tornasse igualmente Filho do Homem e, assim, recebesse o que nos pertence e nos transferisse o que Lhe é próprio, tomando o que Lhe pertence, por natureza, e tornando-o nosso por graça?”
O acontecimento clássico por meio do qual Cristo foi comissionado e revelado como Profeta foi sua unção e batismo. Calvino comentou: “A voz que trovejou do céu: ‘Este é meu Filho amado, a ele ouvi’ deu-lhe um privilégio especial acima de todos os mestres. De Cristo, como cabeça, essa unção é difundida aos seus membros, como Joel antecipou: ‘Vossos filhos e vossas filhas profetizarão’”.
No começo de seu ministério, Cristo anunciou sua vocação profética quando, na sinagoga, durante a adoração, manuseou o livro do profeta Isaías. É significativo o fato de que Ele leu uma passagem messiânica: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.17-19). Ele fechou o rolo, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Em seguida, os olhos de todos os presentes se fixaram nEle, que disse: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4.21). E todos se maravilhavam das palavras de graça que saíam dos lábios de Jesus. Calvino explicou: O propósito desta dignidade profética, em Cristo, é ensinar-nos que na doutrina ministrada por Ele estava incluída substancialmente a sabedoria que é perfeita em todos os seus aspectos. Fora de Cristo, não há nada digno de conhecermos; aquele que pela fé apreende o verdadeiro caráter de Cristo, esse possui a ilimitada imensidão das bênçãos celestiais.

Uma aplicação importante do ofício profético de Cristo na vida de Calvino foi o seu compromisso total com o ensino e a pregação do texto das Sagradas Escrituras. Sua exposição de maior parte da Bíblia deixou a igreja, desde a Reforma, com um tesouro inestimável. Contudo, ainda mais vital era sua absoluta submissão à autoridade final das Escrituras. Em seu comentário sobre a visão relatada em Isaías 6, Calvino disse:
“Não me arrisco a fazer qualquer afirmação sobre assuntos a respeito dos quais as Escrituras silenciam”. De modo semelhante, ele concluiu com estas palavras uma discussão sobre julgamento: “Nossa sabedoria deve consistir em aceitar, com docilidade e sem qualquer exceção, tudo que é ensinado nas Sagradas Escrituras”.
A posição de Cristo como nosso Mestre ungido e designado tem implicações profundas em nossa atitude para com as Escrituras. Fazer separação entre a supremacia absoluta de Cristo e a supremacia absoluta das Escrituras — o que Calvino defendia com firmeza — seria para ele impossível e ridículo. De fato, ele descreveu as Escrituras como “o cetro real de Cristo”, significando que Ele nos governa por meio delas. Calvino concluía freqüentemente com estas palavras: “Ad verbum est veniendum” (“Vocês têm de vir à
Palavra”).

O ofício de Cristo como Sacerdote

O sacerdócio é o segundo dos ofícios para os quais Cristo foi ungido. Um sacerdote era um homem designado por Deus para agir em favor de outros nos assuntos relacionados a Deus. Em outras palavras, Ele era um mediador entre Deus e os homens.
O Antigo Testamento preparou o terreno para este conceito, e a Epístola aos Hebreus desenvolve-o intensamente. Calvino explicou a tarefa sacerdotal em palavras solenes: “A sua função consistia em obter o favor de Deus para nós. Contudo, visto que uma maldição merecida obstruía a entrada, e Deus, em seu caráter de Juiz, era hostil para conosco, a expiação tinha de intervir necessariamente, a fim de que, como sacerdote escolhido para aplacar a ira de Deus, Cristo pudesse restaurar-nos ao favor divino”.
Este é o aspecto singular do sacerdócio de Cristo: Ele é não somente sacerdote, mas também vítima — não somente o sujeito da obra de intercessão, mas também o meio de realizá-la. Ele apresentou a oferta e se tornou a oferta; por isso, se relaciona com os homens a favor de Deus e com Deus, a favor dos homens.
Havia três deficiências fatais no sacerdócio do Antigo Testamento. Primeira, o sacerdote tinha seus próprios pecados que exigiam expiação. Portanto, sendo imperfeito, ele não podia expiar seus pecados e, quanto menos, os dos outros. Segunda, “é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10.4). Esse sangue ensinava o caminho de salvação por meio da morte de um Cordeiro imaculado, mas não podia outorgar, nem outorgava a realidade da salvação. Terceira, os sacrifícios dos sacerdotes eram contínuos: aconteciam diariamente no templo. O trabalho do sacerdote do Antigo Testamento nunca acabava.
Calvino contrastou tudo isso com a perfeição do sacerdócio de Cristo descrito em Hebreus 9.12-14. Ele escreveu: “O apóstolo... explicou toda a questão na Epístola aos Hebreus, mostrando que sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9.22)... Todo o fardo de condenação do qual fomos livre foi lançado sobre Ele”. No entanto, Calvino chama nossa atenção para outras implicações do sacerdócio de Cristo. Este sacerdócio é permanente e eterno, não temporário e não limitado ao estado de encarnação de Cristo. No presente, Ele está assentado à mão direita de Deus, implicando que completou sua obra na cruz, mas ainda está ativo como nosso Advogado e Intercessor. Calvino escreveu: A fé percebe que o assentar-se de Cristo ao lado do Pai tem grande proveito para nós. Depois de haver entrado no templo não feito por mãos humanas, Ele comparece agora constantemente como nosso Advogado e intercessor à presença do Pai; dirige nossa atenção à sua própria justiça, a fim de afastá-la de nossos pecados; reconcilia-nos consigo mesmo e, por meio de sua intercessão, repleta de graça e misericórdia, prepara-nos um meio de acesso ao seu trono, apresentandoo a pecadores miseráveis, para os quais, de outro de modo, esse trono seria objeto de terror.
Calvino se referiu a diversos exemplos da intercessão de Cristo nos evangelhos. Um desses exemplos foi a segurança pessoal que Cristo outorgou a Pedro dizendo-lhe que, em face do ataque de Satanás, poderia contar com a intercessão dEle em seu favor. Todavia, o principal exemplo é a grande intercessão de Cristo em João 17. O valor crucial dessa oração é que Jesus garantiu a seus discípulos que Ele mesmo é o grande Intercessor em favor deles, não somente neste mundo, mas também quando ascendeu à direita do Pai. Pelo fato de que os crentes têm acesso ao Pai, nós mesmos possuímos um ministério sacerdotal de oração.

O ofício de Cristo como Rei

É claro que o ofício de Cristo como rei também está intimamente conectado com sua obra sacerdotal de oferecer um sacrifício suficiente na cruz; por isso, Calvino afirmou: “O reino de Cristo é inseparável de seu sacerdócio”. Esse reino ainda não está consumado, mas foi inaugurado por meio do triunfo de Cristo sobre o pecado e Satanás, na cruz. Foi este retrato maravilhoso do Christus Victor (“Cristo, o Vitorioso”) que Calvino nos apresentou ao comentar Colossenses 2.14-15: “Portanto, não é sem razão que Paulo celebra com magnificência o triunfo que Cristo obteve na cruz, como se a cruz, o símbolo
da ignomínia, tivesse sido convertida em uma carruagem de triunfo”.
Em certo sentido, esse reino já está estabelecido. Como R. C. Sproul escreveu: “É uma realidade presente. Está agora invisível ao mundo. Mas Cristo já ascendeu... Neste exato momento, Ele reina como o Rei dos reis e Senhor dos senhores... Os reis deste mundo e todos os governantes seculares podem ignorar esta realidade, mas não podem desfazê-la”.
Contudo, nesta vida sempre existe um “ainda não” em nossas convicções sobre o reino. Não somente nos gloriamos na inauguração invisível do reino, como também esperamos com alegria indizível aquele dia em que o invisível se tornará visível e todo joelho se dobrará diante do “herdeiro de todas as coisas” (Hb 1.2). Enquanto isso, precisamos reconhecer a verdade da afirmação de Calvino: “Todo o reino de Satanás está sujeito à autoridade de Cristo”. Novamente, em seu sermão sobre Isaías 53, Calvino nos exorta: “Não nos limitemos aos sofrimentos de Cristo, mas vinculemos a ressurreição à morte e saibamos que Ele, tendo sido crucificado, está assentado como substituto de Deus, seu Pai, para exercer domínio soberano e possuir toda a autoridade tanto no céu como na terra”.
Calvino enfatizou as seguintes características do ofício de Cristo como rei:

• O reino é espiritual, não material. Ele esclareceu essa afirmação citando as palavras de Jesus registradas no evangelho de João: “O meu reino não é deste mundo” (Jo 18.36). Calvino escreveu: “Vemos que tudo que é terreno e do mundo é temporário e logo se desvanece”. Em seguida, ele ressaltou essa verdade dizendo: “Temos, portanto, de saber que a felicidade prometida em Cristo não consiste de vantagens exteriores — tais como: levar uma vida tranqüila e prazerosa, ser bastante rico, estar protegido de toda injúria e ter abundância de deleites, vantagens essas que a carne está acostumada a anelar —, e sim da vida celestial”.

• O reino de Deus está dentro de vós (Lc 17.21). Calvino pensava ser provável que nessa ocasião Jesus estava respondendo aos fariseus que talvez Lhe houvessem pedido, em atitude de menosprezo, que mostrasse suas insígnias. Por isso, Calvino escreveu: Não podemos duvidar que seremos vitoriosos contra o Diabo, o mundo e tudo que pode prejudicar-nos... Mas, a fim de impedir aqueles que já estavam sobremodo inclinados às coisas terrenas, por viverem há muito em suas pompas, Ele os ordena a incutir em sua consciência o fato de que “o reino de Deus... é... justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Essas palavras nos ensinam brevemente o que o reino de Cristo nos outorga. Não sendo humano, nem carnal, nem, por isso, sujeito à corrupção, e sim espiritual, o reino nos ergue à vida eterna, de modo que possamos viver pacientemente, no presente, em meio a labuta, fome, frio, desprezo, desgraça e outras inquietações, contentes com isto: o nosso Rei jamais nos abandonará, mas suprirá nossas necessidades, até que nossa guerra acabe e sejamos chamados ao triunfo... Visto que Ele nos arma e nos capacita pelo seu poder, nos veste com seu esplendor e magnificência e nos enriquece com seus tesouros, encontramos nisso o mais abundante motivo de gloriar-nos.
Todo o conceito do ofício tríplice de Cristo foi aplicado por Calvino à necessidade espiritual do homem. Cegos por natureza e ignorantes da verdade, precisamos da revelação que veio por meio de Jesus Cristo, pois Ele é nosso Profeta e Mestre. Acima de tudo, Ele nos mostra onde achamos a verdade acerca de nós mesmos, do pecado, da salvação, do perdão para o pecado e da paz com Deus — e tudo isso, nas Sagradas Escrituras. Como J. F. Jansen disse, “Calvino, à semelhança de Lutero, jamais esqueceu
que toda a Bíblia é a manjedoura em que achamos a Cristo”.
No entanto, a triste situação do homem não é apenas que somos ignorantes quanto a Deus e à verdade. Somos também pecadores, culpados, objetos da ira de Deus e não temos esperança de salvar a nós mesmos. Nesta situação em que não temos qualquer acesso a Deus, Jesus Cristo surge como nosso Mediador, conduzindo-nos ao Pai mediante um novo e vivo caminho, oferecendo-se a Si mesmo como um perfeito sacrifício e expiando, por meio desse sacrifício, o nosso pecado. Calvino fez a distinção de que o sacerdócio anterior podia somente tipificar a expiação por meio do sacrifício de animais
e de que Cristo realizou a expiação pelo sacrifício de Si mesmo.
Finalmente, o pecador necessita do conhecimento da verdade e da reconciliação com Deus, mediante a morte de seu Filho. Necessita também da liberdade do poder de Satanás e de ser transportado para o reino de Deus. Precisamos que a poderosa mão do Rei dos reis esteja sobre nós para guiar-nos, governar-nos e subjugar, diariamente, em nós, tudo que O entristece.
A essência de toda a questão é que Calvino se preocupava, em todos os seus escritos, pregação, oração e viver, com aquilo que Abraham Kuper chamou de “um sistema de vida”. Esse sistema extraía seu poder de Cristo em uma vida na qual Ele tinha a supremacia completa. Foi em benefício de vidas transformadas que Calvino viveu, pregou, ensinou, orou e morreu — tudo que exaltasse e glorificasse a Cristo. “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 1.5b-6).
Sempre achei que nada resume tão admiravelmente a vida Calvino como as duas estrofes do hino “Saudação a Jesus Cristo”, que lhe é atribuído:

Saúdo a Ti, que és meu firme Redentor,
Única confiança e Salvador do meu coração,
Que sofreste tanta dor, aflição e infortúnio,
Por causa de minha indignidade e miséria;
Rogo-Te que de nosso coração todo pesar,
Angústia e tolice inúteis cuides em remover.
Tu és o Rei de misericórdia e graça,
Que reinas onipotente em todo lugar:
Vem, ó Rei, digna-te reger nosso coração
E dominar todo o nosso ser;
Brilha em nós por tua luz e leva-nos
Às alturas de teu dia puro e celestial.


Extraído do livro John Calvin: a heart for devotion, doctrine, and doxology. Capítulo 9. Editado por Burk Parsons (Reformation Trust, Orlando, 2008).

FONTE: Revista Fé Para Hoje, N. 35 - Ano 2009, Ed Fiel