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sábado, 6 de outubro de 2012

O Uso Correto do Dia do Senhor

Stuart Olyott


As pessoas não-convertidas não têm grande interesse no uso correto do Dia do Senhor, e inúmeros crentes se mostram confusos a respeito deste assunto. Esta confusão permanecerá enquanto não levarmos em conta os seguintes fatos importantes.

Quais são estes fatos?

1. Quando a Bíblia usa o termo “sabbath”, ele não significa “sábado”. “Sabbath” não é o nome de um dia da semana. A palavra é usada para descrever um tipo de dia, um dia de descanso do trabalho. Em todo o Antigo Testamento, os anos tinham 365 dias, e todo ano começava em um dia de “sabbath” (Lv 23.4-16). Outras datas fixas nunca podiam ser “sabbath” (Êx 12.1-28; Lv 23.15). Para fazer com que isso acontecesse, o calendário tinha de ser ajustado regularmente. A História nos ensina que isso era feito por acrescentar ao ano “sabbaths” extras que ocorriam consecutivamente. Identificar “sabbath” com o dia de sábado é um erro. Foi apenas depois do ajuste definitivo do calendário judaico, em 359 D.C, que os “sabbaths” dos judeus passaram a cair sempre no dia que agora chamamos de “sábado”.

2. O “sabbath” [descanso] não é uma instituição judaica. Deus o instituiu na criação (Gn 2.1-3). É um dom de Deus para a humanidade (Mc 2.27).

3. Em certo aspecto, os Dez Mandamentos são diferentes de todas as outras leis encontradas nas Escrituras. Deus os escreveu com o seu próprio dedo. O Quarto Mandamento dEle é positivo, o mais comprido e o mais detalhado dentre os dez, fazendo uma ligação entre os aspectos divino e humano, moral e cerimonial da Lei (Êx 20.8-11; 31.18).

4. O “sabbath” era importante para nosso Senhor Jesus Cristo. A Bíblia não nos fala muito sobre os hábitos de Jesus, mas diz que Ele tinha o costume de ir à sinagoga no “sabbath” (Lc 4.16). Jesus anunciou que era Senhor do dia de “sabbath” (Mc 2.28). Dizer que o “sabbath” não existe mais é uma negação do senhorio de Cristo.

5. O Senhor do “sabbath” transferiu este dia para o primeiro dia da semana. Este foi o dia em que Ele ressuscitou dos mortos (Jo 20.1-18), apareceu aos discípulos (Jo 20.19, 26) e derramou o seu Espírito (At 2.1).

6. Os apóstolos e a igreja primitiva guardavam com distinção o primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2). Para evitar confusão, o Novo Testamento Grego chama o sábado judaico de “sabbath” e o primeiro dia da semana de “o primeiro dos sabbaths” (na tradução em português “o primeiro dia da semana” - Mt 28.1; Mc 16 2, 9; Lc 24.1; Jo 20.1,19; At 20.7; 1 Co 16.2). Algumas pessoas crêem que isto é apenas uma expressão idiomática grega significando apenas “o primeiro dia do ciclo da semana”. Contudo, não existe quase nenhuma evidência para isto. Temos de encarar os fatos: o primeiro dia da semana é um “sabbath”. Também conhecido como “o dia do Senhor” (Ap 1.10).

7. Durante toda a história da igreja, o domingo tem sido observado como o “sabbath” dos cristãos. A evidência documental é unânime e retrocede a 74 D. C. Durante as piores perseguições, perguntava-se aos suspeitos de serem cristãos: “Dominicum Servasti?” (Você guarda o dia do Senhor?) Os verdadeiros crentes respondiam: “Eu sou um cristão, não posso deixar de fazer isso!” O que os crentes responderiam hoje?

8. É realmente imoral não guardar o Dia do Senhor. O Quarto Mandamento, que nos recorda isso, está em um código que proíbe a idolatria, o assassinato, o furtar, o mentir e o cobiçar. O Quarto Mandamento nunca foi anulado, e nunca o será (Mt 5.18). Quebrar um mandamento da Lei significa tornar-se culpado de todos os demais (Tg 2.10). A violação do dia de descanso traz o juízo de Deus (Ne 13. 15-22).

9. O domingo, o dia do Senhor, é um dia de regozijo e satisfação (Sl 118.24; 112.1). A Palavra de Deus chama-o de deleite (Is 58.13). Deus nos deu esse dia como uma bênção para todos nós (Mc 2.27-28). Falando sobre a época evangélica, Isaías diz: “Bem-aventurado o homem que... se guarda de profanar o sábado” (Is 56.2).

10. As bênçãos do Dia do Senhor são visíveis a todos: recorda aos homens e mulheres caídos que existe um Deus a quem eles devem adorar; dá aos crentes a oportunidade de se reunirem ao redor da Palavra e, assim, mantém a vida espiritual deles; fornece oportunidades para a pregação do evangelho; fortalece os laços familiares; permite que toda a nação descanse; promove a saúde... e a lista poderia continuar.

11. No Antigo Testamento, homens piedosos, como Moisés, Amós, Oséias, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Neemias, contenderam com as pessoas por causa do dia de descanso. A história da igreja está repleta de outros que fizeram o mesmo. O que nos impede de seguir o exemplo deles?

Como devemos usar o domingo?

Com estes fatos em mente, podemos ver que, para nós, o domingo é o dia de descanso ordenado por Deus. É o dia que incorpora tudo o que é permanente e universal no Quarto Mandamento. Então, como devemos usá-lo? Para responder esta pergunta, temos de falar tanto negativa como positivamente.

O que não devemos fazer



Não devemos imitar os fariseus.


O dia de descanso tem sua origem na Criação. Por um tempo, usou as vestes do Antigo Testamento. No entanto, agora está com uma roupagem do Novo Testamento. Isto significa que não podemos impor ao dia de descanso as regras mosaicas que já passaram, tais como as que encontramos em Êxodo 35.2-3 ou Números 15.32-36. Não devemos ter em mente uma lista de faça e não faça, tal como se lê em Mateus 12.1-2. À legislação de Moisés, os fariseus acrescentaram todo tipo de regras deles mesmos. Para os fariseus, esfregar o grão na mão era o mesmo que debulhá-lo. Eles também tinham regras a respeito de quanto peso se devia carregar e quão distante se podia caminhar no dia de descanso. Por trás de todas as regras dos fariseus, havia uma mentalidade que não tem qualquer lugar na vida de um crente do Novo Testamento.

Não devemos trabalhar.


Na Bíblia, a palavra “trabalhar” significa muito mais do que ganhar a vida. Também se refere aos deveres de nosso dia-a-dia, à nossa recreação e ao pensamento que motiva estas coisas. Quanto for possível, todas estas coisas têm de ser colocadas de lado, tanto por nós como por aqueles pelos quais somos responsáveis. Devem ser colocadas de lado não porque somos pecadores ou impuros, e sim porque Deus nos ordenou que as fizéssemos nos outros seis dias da semana (Êx 20.8-11).

Não devemos ficar ociosos.


O descanso de Deus, após a Criação, não foi inatividade, e sim o cessar um tipo de atividade (Jo 5.17). O domingo deve ser um descanso santo que nos faz cessar um conjunto de objetivos, para que sigamos outro conjunto de objetivos bastante diferentes. Não é um dia para vadiarmos por aí.

O que devemos fazer


Devemos nos reunir com outros crentes.


Devemos nos reunir, tanto formal como informalmente (At 2.1; 20.7; Jo 20.26). A Bíblia não delineia algum tipo de lista de atividades para o domingo, mas o princípio é claro. O domingo não é um dia para gastarmos sozinhos ou somente com a família.
Devemos nos reunir especificamente para a edificação, ou seja, para edificarmos uns aos outros nas coisas de Deus. De tudo o que fizermos com este objetivo, o ensino da Palavra e a Ceia do Senhor são o mais importante (Atos 20.7).

Devemos evangelizar.


O Dia de Pentecostes começou com uma assembléia que visava à ajuda e ao encorajamento mútuos, mas a vinda do Espírito também consagrou aquele dia à evangelização. A vinda do Espírito Santo pode ser vista como um penhor de sua bênção nesta conexão (At 2).

Devemos nos envolver em obras de misericórdia.


É lícito fazer o bem no domingo, especialmente salvar vidas, curar e trabalhar pelo bem-estar espiritual dos outros (Lc 6.9; Mt 12.5; Lc 13.10-17; 14.1-6; Jo 5.6-9, 16-17). O domingo comemora o maior ato de misericórdia de todos os tempos. Todos podemos pensar em incontáveis maneiras de fazer o bem às pessoas, mas este aspecto da observação do domingo é amplamente esquecido. Aqueles que acham o domingo “monótono” quase sempre são pessoas que se tornaram egoístas.

Devemos nos envolver em obras necessárias.


Não podemos limitar isso apenas àquelas coisas necessárias à nossa sobrevivência, visto que, se assim fosse, passaríamos o dia somente respirando. O dia de descanso foi criado para o homem — em outras palavras, foi criado para o bem-estar do homem. Não há qualquer conflito entre guardar o domingo e seguir os nossos melhores interesses (Mt 12.1-8, 11-12). Continue, desfrute do domingo! Além das atividades já mencionadas, reúna-se com os amigos, prepare boa refeição para eles, converse, caminhe, sorria, ore, admire a criação de Deus e vá para a cama tendo um coração grato e contente.

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Fonte: Editora Fiel 

Sua Maior Contribuição


Matthew R. Olson é presidente da Northland Mission e da Northland International University.
Você já considerou que a sua maior contribuição para a causa de Cristo pode ser apenas o tempo que você gasta em oração de intercessão por seus filhos e outros que consideramos parte desta "próxima geração"?

Diane e eu estamos naquela fase do "ninho vazio", e há muitas coisas que estamos aprendendo desta fase. Energias antes dedicadas a seguir o toque-toque de pezinhos e a esperar adolescentes voltarem para casa de uma atividade são agora canalizadas à oração. É claro que sempre "sabíamos" que a "maior obra é feita de joelhos", mas não o sabíamos como agora. Coisas que sempre sabíamos... compreendemos mais plenamente agora.
Nesta semana, estamos em Gold Coast, na Austrália. Nossos filhos e netos estão espalhados em diferentes partes do mundo, como muitos outros nos quais investimos. Por isso, nos vemos orando mais – constantemente durante o dia e, com frequência, no lugar secreto de oração.
Nas águas distantes, a mais de mil quilômetros a leste de nós, estão as ilhas de Vanuatu (antes, Novas Hébridas). Há mais de 100 anos, John G. Paton escreveu uma história muito admirável de sua experiência missionária e de como o evangelho mudou aquela parte do mundo. Ele escreveu:
Nossa casa consistia de um cômodo exterior, um cômodo interior e um cômodo no meio, ou câmara, chamado "closet". O primeiro extremo era o domínio de minha mãe... o outro era o local de trabalho de meu pai... O "closet" era um cômodo muito pequeno que ficava entre os outros dois, tendo espaço apenas para uma cama, uma pequena mesa e uma cadeira, com uma janela diminuta pela qual brilhava pouquíssima luz no cenário. Este era o Santuário daquele lar. Para ali, víamos, diariamente e várias vezes ao dia, geralmente depois de cada refeição, nosso pai se retirar e fechar a porta. E nós, filhos, entendíamos como que por um tipo de instinto espiritual (pois a coisa era muito sagrada para se falar sobre ela) que orações eram derramadas ali por nós, como no passado pelo Sumo Sacerdote dentro do véu no Santo dos Santos. Ocasionalmente, ouvíamos os ecos compassivos de uma voz trêmula suplicando como que por vida e aprendemos a sair em silêncio e a passar em frente àquela porta na ponta dos pés, para não perturbarmos o diálogo santo. O mundo exterior não sabia, mas nós sabíamos de onde vinha aquela luz feliz, como o sorriso de um bebê, que sempre resplandecia na face de meu pai: era um reflexo da Presença Divina, em cuja consciência vivíamos. Nunca, em templo ou catedral, montanha ou vale, posso esperar sentir que o Senhor Deus está mais próximo, andando e falando mais visivelmente com os homens, do que sob aquele humilde teto de palha e vigas de carvalho. Embora tudo mais na religião fosse, por alguma catástrofe impensável, varrido da memória ou apagado de meu entendimento, minha alma retornaria àquelas cenas antigas, se fecharia novamente naquele Santuário e, ouvindo ainda os ecos daqueles clamores a Deus, repeliria toda dúvida com o apelo vitorioso: "Ele andou com Deus, por que eu não posso?" (Extraído do livro "The Story of John G. Paton or Thirty Years Among South Sea Cannibals").
Há um ditado antigo que nos daria tranquilidade: "Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha". Estou certo de que a oração tem muito mais importância estratégica do que é evidenciado em minha vida. Tenho sido tentado a pensar: "Bem, quando você ficar mais velho, tudo que poderá fazer é orar". Penso agora que, quanto mais velho ficamos, tanto mais compreendemos a futilidade de tantas de nossas atividades em comparação com nosso tempo de intercessão. O que sempre se destacará em minha mente sobre a história de John G. Paton são as orações de seu pai. Eu não deveria anelar ser um pai como este? O que aconteceria se a "a maior obra" fosse a minha maior contribuição?
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